Avaliação dos efeitos de um campo magnético pulsado sobre a cicatrização cutânea e biomarcadores oxidativos em ratos wistar
Resumo
O pós-operatório cirúrgico requer uma cicatrização rápida, efetiva e de boa qualidade do tecido cicatrizado. Dessa forma, têm-se buscado alternativas para auxiliar o reparo tecidual e melhorar o aspecto da região cicatrizada. Os campos magnéticos pulsados são uma dessas alternativas, sendo capazes de acelerar o processo de cicatrização. A exposição a campos magnéticos pulsados podem alterar a homeostase redox do tecido. Essa alteração é dependente da intensidade, frequência e tempo de exposição. Desta forma, o presente estudo estudo teve como objetivo verificar a efetividade do campo magnético pulsado (23 mT, frequência de 62Hz), 30 minutos por dia, durante 14 dias, na cicatrização de pele em ratos Wistar machos. Assim como, analisar se o campo magnético pulsado nos parâmetros determinados pode causar alterações no equilíbrio oxidativo. Os animais passaram por uma cirurgia de remoção de pele. Essa cirurgia consistiu na remoção de 1cm² de pele no dorso de cada animal. Após, os animais foram separados em grupo controle e grupo tratado com campo magnético. Ao término do experimento, foi realizada análise histológica (regeneração epidérmica, regeneração dérmica, infiltração de fibroblastos, infiltrado inflamatório e angiogênese), índice de fechamento da ferida, ensaio de tração, atividade da mieloperoxidase na pele e os biomarcadores do estresse oxidativo (substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa S-transferase (GST) e o conteúdo dos grupos tióis não proteicos (NPSH) na pele e no fígado, em diferentes tempos (3, 7 e 14 dias). Esse estudo demonstrou que o tratamento com campo magnético pulsado, nas configurações específicas utilizadas, aumentou o índice de fechamento da ferida, melhorou as regenerações epidérmica e dérmica, aumentou a infiltração de fibroblastos e angiogênese, e a resistência a tração da pele cicatrizada. Também foi evidenciado uma redução da infiltração inflamatória, bem como na atividade da mieloperoxidase. Além disso, foi demonstrado que o campo magnético reduziu os níveis de TBARS e não gerou estresse oxidativo nessas condições. Em conclusão, o tratamento proposto auxilia a cicatrização de pele, melhora a condição do tecido cicatrizado e não promove danos oxidativos.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: