A utilização da internet por organizações não-governamentais que promovam o desenvolvimento rural
Resumo
O presente estudo foi realizado com duas Organizações Não
Governamentais, o CAPA – Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor e o MST –
Movimento Sem Terra, no período de outubro de 2005 a fevereiro de 2006, com a
finalidade de analisar a questão da utilização da Internet por ONGs que promovam o
desenvolvimento rural. A metodologia utilizada foi a Metodologia Q. Sua aplicação
possui três etapas: Trabalhou-se primeiramente com informantes qualificados a fim
de construir as afirmações necessárias para a condução da metodologia; De posse
das afirmações administrou-se estas, a 32 integrantes das ONGs elencadas , a fim
de buscar a visão dos mesmos; A análise dos resultados contou com o auxílio de um
programa estatístico denominado PCQ. Os resultados obtidos conduziram a
existência de 4 fatores (grupos de indivíduos), onde todos percebem a importância
da utilização da Internet para o desenvolvimento rural: O Fator A – Internet –
Organizações acredita que a apropriação coletiva, via entidades, pode ter um melhor
aproveitamento do que a apropriação do pequeno produtor como indivíduo. O Fator
B – Internet – Indivíduos preocupa-se com a apropriação pelo pequeno produtor
rural. O Fator C – Internet – Políticas preocupa-se com o acesso dos indivíduos,
observa que faltam recursos públicos para viabilizar a utilização da Internet no meio
rural. O Fator D – Internet – Estratégias de Difusão preocupa-se com as estratégias
para difundi-la. Com a análise desses fatores observa-se que os indivíduos que
compõem essa amostra acreditam que a Internet representa uma grande
possibilidade para o homem do campo e para aqueles que almejam ser produtores
rurais, componentes do Movimento Sem-Terra, como fator de apropriação da
informação e de inter-relação entre seu grupo social para a difusão do
conhecimento. O presente estudo chegou à conclusão que, hoje, os movimentos
sociais voltados para o desenvolvimento rural, que visualizam o empoderamento
social do homem do campo, não podem mais existir sem a existência de uma rede
descentrada e democrática chamada Internet.
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