Atividade antimicobacteriana, antibiofilme e avaliação da toxicidade in vitro de complexos metálicos do sulfametoxazol
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Data
2018-03-05Primeiro membro da banca
Machado, Alencar Kolinski
Segundo membro da banca
Brucker, Natália
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Micobactérias de crescimento rápido (MCR) são microrganismos oportunistas, encontrados
no ambiente, que podem causar infecções locais e disseminadas. As MCR podem formar
comunidades estruturadas, que aderem a superfícies bióticas ou abióticas sólidas,
caracterizando um de seus mais poderosos mecanismos de sobrevivência, os biofilmes. Os
biofilmes são considerados fontes importantes de infecções em superfícies biomédicas e a
maioria das infecções envolvendo formação de biofilmes estão associadas a implantes de
dispositivos médicos, como cateteres e próteses. Portanto, existe uma necessidade urgente de
novos compostos antimicrobianos que possam combater a resistência microbiana associada à
formação de biofilmes de MCR. Nos últimos anos, a coordenação de metais a antimicrobianos
clássicos vem demonstrando excelente atividade contra uma variedade de microrganismos na
forma planctônica. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo avaliar, pela primeira vez, a
atividade antibiofilme do sulfametoxazol complexado com Au, Cd, Cu, Ni e Hg frente a
Mycobacterium abscessus (ATCC 19977), Mycobacterium fortuitum (ATCC 6841),
Mycobacterium massiliense (ATCC 48898) e seis isolados clínicos de MCR, bem como
avaliar a segurança desses novos compostos através de ensaios citotóxicos. Diferentes perfis
de suscetibilidade a fármacos utilizados na clínica e a novos compostos foram determinados
em nosso estudo e os resultados demonstraram que os derivados do sulfametoxazol
complexados com metais apresentaram, na grande maioria dos casos, atividade superior à do
sulfametoxazol livre e outras drogas na inibição do crescimento de MCR. Todos os resultados
demonstram a potencialização da atividade dos novos compostos na inibição da formação e
destruição de biofilmes de MCR. Destacou-se a atividade antibiofilme do sulfametoxazol
complexado com ouro, que foi capaz de inibir completamente a formação de biofilme. Além
disso, este composto teve a capacidade de destruir o biofilme em todas as concentrações
testadas. Todos os dados citotóxicos são sugestivos de que a maioria dos derivados metálicos
do sulfametoxazol são alternativas antimicrobianas, bem como moléculas seguras que podem ser utilizadas como possíveis agentes terapêuticos para a eliminação de bactérias e biofilmes.
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