A relação clínica e o processo de comunicação e informação na formação médica: resgate e proposta
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Data
2018-08-29Primeiro membro da banca
Farenzena, Gilmor José
Segundo membro da banca
Haeffner, Leris Salete Bonfanti
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A Relação Médico-Paciente, atualmente mais conhecida como Relação Clínica (RC) envolve o contato do médico com o paciente, familiares, equipe de saúde, e é assunto fundamental para ser discutido durante a formação dos estudantes de medicina. No entanto, em meio ao estudo tecnicista de doenças, diagnósticos e tratamentos, há pouco espaço no currículo de medicina para discussão e prática de tais temas subjetivos. Tendo em vista a ampla gama de metodologias ativas disponíveis para ensino-aprendizagem da RC e a importância da mesma na prática médica, torna-se importante proporcionar aos alunos do curso de medicina, oportunidades para aprofundarem seus conhecimentos dentro dessa temática. O projeto constituiu-se da realização de seis oficinas ofertadas para 33 alunos do curso de medicina, a partir do quarto semestre, previamente inscritos. Em cada encontro foram debatidos assuntos específicos relacionados a temática da RC, tais como: habilidades de comunicação, comunicação de notícias difíceis, cuidados paliativos, enfrentamento do luto e da morte. O presente estudo, de caráter quali-quantitativo, avaliou, através da pesquisa quantitativa, o perfil dos alunos e algumas concepções prévias sobre os aspectos da RC por meio da aplicação de questionário estruturado autoaplicativo. A pesquisa qualitativa foi realizada através de dois grupos focais onde foram debatidas as percepções dos alunos acerca do projeto e da importância da RC na graduação e na prática profissional. Após análise de conteúdo foram identificadas quatro categorias principais: aprendendo e ensinando metodologias ativas (trabalho em pequenos grupos, uso da arte, música e cinema, inserção no convívio multidisciplinar); a importância da comunicação na RC (as notícias difíceis e os relatos vivos de pacientes que receberam uma notícia difícil); a morte e o luto – palavras não faladas; os valores como forma de resgate e a empatia como fio condutor da RC. Em nossa experiência, os debates em pequenos grupos, o apoio psicológico e as diversas metodologias ativas desenvolvidas nas oficinas demonstraram efeitos positivos ao mobilizar sentimentos e despertar empatia. Assim, através desse projeto de pesquisa, pretendeu-se retomar a importância da RC propondo espaços para discussão, referenciais teóricos e práticos que sensibilizassem e favorecessem o resgate de ação adequada em tão importante tarefa médica: a comunicação interpessoal.
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