Avaliação da incerteza analítica no limite tolerável para atender legislação referente a deoxinivalenol em farinha de trigo
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Data
2021-02-12Autor
Schlösser, Luara Medianeira de Lima
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O trigo é uma das culturas de inverno mais produzidas no Brasil. A principal utilização do grão
é na forma de farinha, ingrediente base para produção dos alimentos. O grão de trigo, a nível
de campo, pode ser contaminado com a doença fusariose, causada por fungos do gênero
Fusarium, que podem produzir micotoxinas como produtos de seu metabolismo secundário.
Dentre estas micotoxinas, deoxinivalenol (DON), é a micotoxina mais prevalente. Por se tratar
de questão de saúde humana e animal, muitos países estipulam Limites Máximos Tolerados
(LMT) para o trigo e seus subprodutos. Com base nisso, o objetivo do trabalho foi avaliar a
incerteza analítica referente aos LMT de DON em farinha de trigo, estipulados pela legislação
vigente RDC 138/2017. A avaliação da incerteza foi realizada, utilizando amostras de farinhas
de trigo, com resultados de Limite de Quantificação (LQ) LQ<200 para DON. As amostras
foram extraídas e analisadas sete vezes, por três dias consecutivos. O resultado da incerteza de
medição analítica encontrado, com base no LMT estipulado pela legislação de 750 μg.kg-1, foi
de 83,60 μg.kg-1. A partir deste resultado, foram selecionadas 32 amostras de farinha de trigo,
analisadas no Laboratório de Análises Micotoxicológicas (LAMIC), de abril a junho de 2020,
cujos resultados analíticos de DON estiveram entre 600 e 900 μg.kg-1. Destas, 19 amostras
ficaram dentro do intervalo de incerteza encontrado no estudo. Com isso, podemos concluir que
avaliar a incerteza dos LMT propostos pela legislação, é muito importante para assegurar a
qualidade dos alimentos que são ofertados ao consumidor.
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