Uma genealogia da formação inicial de professores de Química no Brasil
Visualizar/ Abrir
Data
2020-03-20Primeiro coorientador
Corrêa, Guilherme Carlos
Primeiro membro da banca
de la Fare, Mónica
Segundo membro da banca
Pacheco, Elizabeth Medeiros
Terceiro membro da banca
Tomazetti, Elisete Medianeira
Quarto membro da banca
Dalmaso, Alice Copetti
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese investiga as forças que concorrem para o aparecimento da Formação Inicial de professores de Química no Brasil, inscrevendo-se na linha de pesquisa ‘Docência, Saberes e Formação profissional’, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O principal interesse da pesquisa é a emergência da Formação Inicial dos professores de Química no Brasil e como chegamos a pensá-la como pensamos hoje. Para tanto, a questão de pesquisa é: como, do dia para a noite, o Brasil pode contar com um contingente de professores de Química para atender toda rede de escolas de Ensino Médio? Para tanto, opera com o conceito de genealogia, proposta pelo trabalho de Michel Foucault, o qual se inspira nos conceitos de proveniência e emergência pensados por Friedrich Nietzsche. A escrita da tese, como exercício de pesquisa histórica, inspirou-se nos textos produzidos por Friedrich Nietzsche, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Age com a noção foucaultiana de ‘caixa de ferramentas’, movendo com os conceitos de arquivo, enunciado, dispositivo, biopoder, biopolítica e governamentalidade. Para tanto, cada parte do texto se articula com o que Corrêa (2006) chama de livros-blocos. Na primeira parte, no livro-bloco I, intitulado: Condições de Emergência da LDB de 1971, apresento às proveniências da Lei n. 5.692, a qual estabelece as Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus. Na segunda parte, o livro-bloco II, intitulado: A Emergência da Formação Inicial de Professores de Química, tem uma atenção especial para a série de arquivos que possuem a condição de emergir a partir da LDB de 1971, e que dão condições para criação de uma rede de formação inicial de professores no Brasil. Na terceira e última parte, no livro-bloco III: Tudo e Todos, se empreende um esforço para atentar para a emergência da noção de Didática Geral, passando por suas contingências no solo brasileiro, indo de Paulo Freire a Dermeval Saviani. A emergência das Metodologias do Ensino também são o foco, seguidas pelas minúcias: ementas, estruturas curriculares, atas, planos de disciplinas, pesquisas, entre outros, que me ajudam a compreender o modo operante da formação inicial dos professores de Química no Rio Grande do Sul (RS). Em seguida, inspirada na noção de Deleuze e Guattari de linha de fuga, atento para a noção de Oficina para pensar processos educacionais não escolarizantes, que permitam conhecer com vontade na formação Inicial de educadores em Química. Emerge do estudo a presença de uma insistência quanto ao papel da escolarização nas nossas vidas, além da presença indiscriminada de uma lógica de ‘educação para todos’ nos arquivos que regulamentam a escolarização nacional. Slogan que atravessa a formação de professores quando ‘tudo e todos, em círculos cada vez menores’ (CORRÊA, 2006) das Didáticas especiais/específicas e suas respectivas Metodologias, pouco têm contribuído para que pensemos a aprendizagem na amplitude que lhe é própria.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: