Da Idade Média para o Renascimento: o caso de Doctor Faustus de Christopher Marlowe
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Data
2016-02-26Primeiro membro da banca
Maggio, Sandra Sirangelo
Segundo membro da banca
Umbach, Rosani Úrsula Ketzer
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Marlowe certamente compôs uma peça com uma alta ambiguidade estrutural, deste
modo este trabalho investiga os elementos da peça Doctor Faustus que remetem à
tradição dramática da Idade Média, mais especificamente as moralities inglesas, e
os elementos próprios do teatro renascentista. Para tanto, lançamos mão
primeiramente de uma descrição sobre a fonte, o Faustbook, e o contexto em que se
insere a peça. Um dos problemas centrais no estudo dessa peça concerne as duas
versões que sobreviveram dela, ambas publicadas após a morte do autor, a primeira
em 1604 e a segunda em 1616, são comumente chamadas de texto A e texto B,
respectivamente. O estudo comparativo será entre a peça e seu texto fonte, levando
em consideração aspectos estruturais e temáticos que enfatizam a natureza do
pecado cometido por Fausto. Após esse trabalho comparativo, e dada a
ambiguidade do protagonista, este estudo visa selecionar e analisar fragmentos que
sugerem as duas interpretações, como uma morality ou como uma tragédia
renascentista. Após, levamos em conta o motivo pelo qual Fausto faz o seu pacto: a
necromancia. Por fim, há um aspecto curioso na peça que também joga com a sua
ambiguidade estrutural: a comicidade. O burlesco na peça apresenta uma espécie
de fusão entre herói e clown, o que faz de Fausto um personagem mais complexo
do que um herói trágico.
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