Treinamento físico e hiperóxia em dislipidêmicos com idade de 50 a 70 anos
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Data
2021-04-23Primeiro membro da banca
Portela, Luis Osório Cruz
Segundo membro da banca
Prado, Alexandre Konig Garcia
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os maiores índices mundiais de mortalidade estão ligados as doenças crônicas não
transmissíveis, sendo a doença cardiovascular a que apresenta a maior prevalência. A
dislipidemia encontra-se entre os fatores de risco e causas da doença. O envelhecimento e o
estilo de vida sedentário tendem a agravar esse quadro. Medidas que possam aumentar o
metabolismo de lipídios e reduzir os índices de dislipidemias são desejáveis na prevenção
através da mudança do estilo de vida. A maior mobilização dos lipídios ocorre nas situações
de maior disponibilidade de oxigênio ou de maior consumo energético com exercício. Este
estudo tem por objetivo avaliar o efeito de treinamento físico e hiperóxia intermitente crônica
sobre a performance, lipídeos sanguíneos e variáveis ergoespirométricas de dislipidêmicos de
50 a 70 anos. Método: Foram selecionadas 14 pessoas (10 mulheres e 4 homens) com idade
média de 59,9±5,04 anos, portadores de dislipidemia. Eles foram submetidos a pré e pós teste
compostos de: avaliação ergoespirométrica em normoxia, avaliação antropométrica, avaliação
metabólica, sendo realizadas 20 sessões de treinamento entre as testagens. O treinamento se
deu na frequência de 3x/semana compostos por 2 séries de 10 minutos de
caminhadas/corridas e 5 minutos de exercícios ginásticos usando o peso corporal. As séries
foram intercalados com 15 minutos de hiperoxia. A análise dos dados para comparação entre
pré e pós-teste usou a estatística não paramétrica, o teste de Wilcoxon. Os resultados
mostram redução significativa (p <0,05) da massa corporal (-1,65%) e IMC (pré-teste:
29,78±3,60 pós-teste: 29,29±3,55). Encontrou-se diminuições significativas (p<0,05) da
Glicose Média Estimada (pré-teste:150±81,3 pós-teste:121,3±21,3) e hemoglobina glicada -
HbA1c (pré-teste:6,85±2,8 pós-teste:6,0±0,86). A modificação do Colesterol Total (pré-
teste:251±36,8 pós-teste:222,6±31,4) e dos triglicerídeos (pré-teste:338,4±401,8 pós-
teste:201,4±131,0) foram significativas (p<0,05), não sendo constatada alteração (p >0,05)
das lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL-c e LDL-c). A alteração das variáveis
ergoespirométricas, VO2 (pré-teste:18,0±6,3 pós-teste:16,5±7,0), PETO2 (pré-teste:14,3±0,65
pós-teste:14,8±0,68), PETCO2 (pré-teste:5,3±0,47 pós-teste:4,9±0,4) foram significativas
(p<0,05). A velocidade de corrida, frequência cardíaca, ventilação e razão de troca
respiratória foram iguais estatisticamente (p>0,05) na comparação pré e pós-teste. Os efeitos
significativos (p<0,05) constatados nas variáveis antropométricas e metabólicas avaliadas
foram consequentes da combinação do treinamento físico e hiperóxia, mas, entre estas duas
situações, não é possível a distinção de efeitos
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