Indicadores de transporte de água no intervalo hídrico ótimo do solo
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Data
2017-02-21Primeiro membro da banca
Kaiser, Douglas Rodrigo
Segundo membro da banca
Schenato, Ricardo Bergamo
Metadata
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A necessidade de avaliar o efeito das práticas de manejo tem gerado interesse em definir Indicadores
de Qualidade do Solo (IQS) que envolvam o resultado do manejo e o seu efeito no rendimento das
culturas. Em termos de água no solo, o Intervalo Hídrico Ótimo (IHO) é um IQS bastante utilizado,
porém, com eficácia questionada por pesquisadores da Ciência do Solo. A crítica se deve ao fato do
IHO, muitas vezes, não se relacionar com produção de grãos, ou ainda, a maior produtividade das
culturas acontecer em condições de maior compactação do solo, onde o IHO teve redução. Este
estudo considera que a análise de indicadores de transporte de água no solo pode auxiliar na
compreensão de por que plantas conseguem produzir mais em condições de solo supostamente de
menor qualidade física. Desse modo, este estudo teve por objetivo determinar o potencial de fluxo
matricial (M) e a condutividade hidráulica (K) na faixa de conteúdo de água do IHO de um Argissolo e
um Latossolo e avaliar como eles afetam a interpretação do IHO baseada apenas nos seus limites
críticos de conteúdo de água. Em ambos os solos, os resultados indicaram que variações do M (dM)
e a K aumentam onde o IHO sofre redução em função do aumento da densidade do solo (Ds),
indicando que melhora a capacidade do solo em conduzir água, mesmo após a densidade do solo
crítica (Dsc) calculada com o IHO. Ainda, os indicadores se correlacionam positivamente com a Ds
independente do potencial matricial, melhorando o transporte de água, sendo essa influência maior
para o Argissolo. A utilização dos indicadores de transporte de água juntamente com o IHO modificou
a interpretação quanto ao fornecimento de água às plantas e a correlação que isso pode ter com
rendimento das culturas, permitindo acreditar que indicadores de qualidade do solo, definidos apenas
com base em conteúdo de água no solo, como é o caso do IHO, podem não ser adequados para
predizer a ocorrência de déficit hídrico. O efeito benéfico do aumento da Ds sobre o transporte de
água não pode ser analisado individualmente ao se tratar de manejo de solo, visto que o aumento da
Ds resulta em alterações não desejadas ao solo, e, assim, é importante observar o efeito global da
compactação do solo. Estudos com plantas que avaliem a compensação do incremento de transporte
de água sobre a redução no crescimento de raízes por resistência mecânica com o aumento da
compactação seriam de grande utilidade.
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