Fibras musculares oxidativas e glicolíticas apresentam resposta inflamatória e alterações bioenergéticas peculiares após uma contusão musculoesquelética em ratos
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Data
2021-02-19Primeiro coorientador
Soares, Félix Alexandre Antunes
Primeiro membro da banca
Galina Filho, Antonio
Segundo membro da banca
Dalla Cortedaia, Cristiane Lenz
Terceiro membro da banca
Ávila, Daiana Silva de
Quarto membro da banca
Oliveira, Sara Marchesan de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A contusão muscular representa um tipo de estresse pois altera a homeostase celular. Caracterizada como uma lesão traumática, que altera a disponibilidade de oxigênio (O2) no tecido, promove o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs), aumento de Ca2+ intra mitocondrial, consequente abertura do poro de transição que sinaliza para a morte celular e/ou autofagia. Sabe-se que o aumento de EROs, desencadeia ativação de vias pró-inflamatórias no músculo. No entanto, as respostas especificas dos diferentes tipos de fibras musculares são pouco abordadas na literatura. Além disso, pouco ainda se sabe sobre a relação entre a alteração da bioenergética e funcionalidade mitocondrial desencadeadas nos diferentes tipos de fibra muscular pela lesão, como a do tipo contusão, e como essa disfunção mitocondrial irá repercutir na resposta inflamatória imediata no musculo. Assim, o objetivo deste estudo foi elucidar os possíveis mecanismos mitocondriais após uma lesão muscular na forma de contusão nas fibras de metabolismo oxidativo, misto e glicolítico, e as vias de sinalização de resposta inflamatória e morte celular relacionadas a disfunção mitocôndria e o estresse oxidativo imediatamente após a lesão nos diferentes tipos de fibras musculares. Os resultados apresentados no artigo 1, mostraram que a contusão levou a disfunção mitocondrial de formas diferentes em cada tipo de fibras muscular: aumentou o fluxo de oxigênio nas fibras oxidativas quando estimulada por substratos complexos I + II. Por outro lado, aumentou a produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) quando comparada às fibras controle e reduziu a atividade da citrato sintase. Surpreendentemente, a lesão aumentou nas fibras mistas o consumo de oxigênio em relação a OXPHOS, síntese de ATP e a produção de H2O2, mas reduziu a captação de Ca2+. A lesão nas fibras glicolíticas não afetou o fluxo de oxigênio acoplado à síntese de ATP, nem a atividade da citrato sintase e lactato desidrogenase, mas reduziu a captação de Ca2+. Já no manuscrito 1, no nosso estudo envolveu a resposta ao longo de duas horas da contusão nos diferentes tipos de fibras musculares observamos um aumento da rota inflamatória através do receptor TLR4, passando por um aumento do escape de elétrons (LEAK state nas fibras oxidativas e mistas; e ROX nas fibras glicolíticas), por um aumento da expressão gênica de citocinas pró-inflamatórias e marcadores importantes de disfunção mitocondrial (BAX e Caspase 3), culminando no aumento da expressão gênica e síntese do próprio TLR4. Portanto, demonstramos respostas mitocondriais distintas entre as diferentes fibras musculares, indicando que a dinâmica mitocondrial está relacionada às flexibilidades no metabolismo e que espécies reativas de oxigênio afetam diretamente a fisiologia e a função normal das fibras musculares. E a disfunção da bioenergética mitocondrial possivelmente interfere na ativação da via TRL4, aumentando a presença de citocinas inflamatórias nas fibras oxidativas e glicolíticas / oxidativas.
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