Práticas de biossegurança dos profissionais de nível superior em um hospital-escola no sul do Brasil e proposição de um plano de adequação
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Data
2019-11-29Primeiro coorientador
Jacobi, Luciane Flores
Primeiro membro da banca
Dotto, Patrícia Pasquali
Segundo membro da banca
Flores, Liziane Maahs
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A adoção das medidas adequadas de biossegurança atuam diretamente na melhoria da qualidade dos resultados na assistência à saúde e na proteção dos profissionais de saúde. Este estudo teve por objetivo determinar a prevalência e caracterizar os acidentes de trabalho relatados por profissionais de um hospital-escola, descrever o conhecimento destes profissionais quanto às práticas de biossegurança, além de elaborar um plano de adequação permanente em biossegurança em um hospital-escola no sul do Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado de outubro de 2018 a abril de 2019. A amostra foi composta por 270 profissionais selecionados por amostragem estratificada proporcional ao tamanho do estrato (cada unidade hospitalar). A coleta dos dados ocorreu através da aplicação de um questionário semiestruturado. Para garantir a validade interna e externa da pesquisa e a fidedignidade dos dados, foi aplicado um questionário piloto em 1% dos participantes e esses dados foram usados na adequação do instrumento de coleta. Os dados foram avaliados estatisticamente no software SPSS® 21.0. Para a elaboração do Plano de Adequação foi utilizado como base um documento já usado na rotina do hospital. Dentre os 270 participantes do estudo, 32,7% referiram ter sofrido acidente de trabalho e destes, 41,6% com perfurcortantes. Cerca de 63% dos profissionais são vinculados ao regime EBSERH e destes, aproximadamente 70% declararam não ter sofrido acidente de trabalho. Dentre os profissionais que possuem pós-graduação, 87,1% referiram ter sofrido acidente de trabalho e 97,6% dos participantes que relataram ter sofrido acidente de trabalho referiram fazer uso de EPI em suas rotinas de trabalho. Ocorrem mais acidentes com profissionais com mais de 20 anos de formação e com profissionais com um tempo de formação que varia entre 5 e 10 anos. Grande parte, 46,1% acredita que seus conhecimentos em biossegurança são suficientes e ainda assim julgam que seja importante ter acesso a mais informações relacionadas ao tema. Dentre as opções de educação continuada em biossegurança a maior parte, 50,7% dos participantes optou pela palestra presencial e 43% e/ou curso presencial, e ainda foram recomendadas formas de transmissão de conhecimento como a abordagem no local de trabalho com demonstrações conforme as demandas na unidade de trabalho dos participantes e/ou de acordo com as especificidades de cada profissão. O produto foi à elaboração de um Plano de Adequação, levando em consideração estas sugestões, e será apresentado ao hospital para a avaliação da possibilidade da sua implantação na rotina do serviço. Este estudo sugere uma reflexão sobre as práticas de biossegurança para a efetiva proteção dos profissionais da saúde, pois ocorrem acidentes de trabalho relacionados as práticas de biossegurança, os profissionais consideram ter um bom conhecimento do tema, todavia, demonstram interesse em obter mais conhecimentos nesta área através de metodologias de educação permanente em saúde que considerem a realidade do hospital-escola. Para isso a adoção das sugestões do Plano de Adequação podem ser seguidas, visto que são estratégias para a melhora dos processos de trabalho no hospital.
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