Fatores associados à leptospirose em equinos de contingente militar no estado do Rio Grande do Sul
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Data
2020-01-17Primeiro coorientador
Sangioni, Luis Antonio
Primeiro membro da banca
Von Laer, Ana Eucares
Segundo membro da banca
Rodrigues, Rogerio Oliveira
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A leptospirose é uma das zoonoses mais difundidas no mundo, especialmente em países em
desenvolvimento, onde representa um problema de saúde pública. As bactérias do gênero
Leptospira podem infectar uma ampla variedade de espécies, as quais podem agir como
reservatórios e/ou portadores renais quando cronicamente infectadas, excretando as bactérias
através da urina. A leptospirose em equinos é, geralmente, assintomática, podendo estar
associada à uveíte recidivante, abortos, natimortalidade e infecção neonatal. Os objetivos
deste estudo foram determinar a ocorrência de Leptospira spp. e verificar os fatores
associados à infecção em equinos provenientes de um contingente militar do estado do Rio
Grande do Sul. Um total de 446 animais foram avaliados, alocados nas seguintes categorias:
309 matrizes (com histórico de abortos), 11 garanhões e 126 animais alocados na categoria
com idade média de 3 anos. Para determinação da ocorrência da população, foi empregada a
técnica de soroaglutinação microscópica, bem como foram implementados questionários para
investigação dos fatores de risco presentes no local, onde os animais estavam expostos. A
ocorrência de leptospirose foi de 54,48% (243/446) na população total. As soroprevalências
na população de animais com média de 3 anos de idade, nas matrizes e nos garanhões foram
de 57,94% (73/126), 54,05% (165/309) e 45,45% (5/11), respectivamente. Em todas as
categorias o sorovar predominante foi Ballum seguido de Icterohaemorrhagiae, exceto nos
garanhões que foi seguido de Tarassovi. Os principais fatores ambientais associados à
infecção foram o contato com diversas fontes de água, presença de roedores e contato com
animais silvestres e domésticos. A elevada ocorrência de anticorpos anti-Leptospira spp. pode
estar associada à presença de fatores de risco, portanto a exposição dos animais aos possíveis
reservatórios da infecção deve ser minimizada, assim como uma reavaliação do protocolo de
profilaxia, possivelmente, através da adoção de um menor intervalo entre as vacinações.
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