Diabetes mellitus na gestação: prevalência, desfechos das induções e caracterização das gestantes e recém-nascidos atendidos no Hospital Universitário de Santa Maria
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Data
2020-03-20Primeiro coorientador
Konopka, Cristine Kolling
Primeiro membro da banca
Weinmann, Angela Regina Maciel
Segundo membro da banca
Secretti, Tatiani
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O Diabetes mellitus (DM) na gestação constitui um ambiente desfavorável para o
desenvolvimento embrionário e fetoplacentário e é a desordem metabólica mais
comum na gestação. Devido à sua repercussão é necessário avaliarmos sua
prevalência, características das gestantes com essa patologia e desfechos
perinatais. Além disso, é levantado o questionamento se há o aumento nos índices
de cesáreas, devido ao adiantamento do parto, prática adotada no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM). Diante do exposto, o objetivo desse trabalho
foi estudar a prevalência de DM na gestação, caracterizar as gestantes diabéticas e
recém-nascidos (Rns) atendidos no HUSM e analisar os desfechos dessas
gestantes e Rns. Fizeram parte deste estudo 885 pacientes que realizaram parto no
HUSM entre janeiro de 2017 e janeiro de 2018, com revisão de prontuários. Foram
avaliados dados das gestantes, pré-natal, desfecho gestacional, puerpério e dados
dos Rns. Realizou-se uma análise descritiva das variáveis e a associação entre as
mesmas foi verificada pelo teste do Qui-quadrado, com nível de significância de 5%.
O estudo respeitou os preceitos éticos contidos na Resolução CNS n.º466/2012, o
mesmo é um adendo do Projeto Evolução e Desfechos das gestações
acompanhadas no HUSM. A prevalência de diabetes na gestação foi de 13,1%, o
que se encontra abaixo da média de prevalência nacional e mundial. A maioria das
gestantes diabéticas realizaram pré-natal, apresentaram complicações gestacionais,
realizaram mais de 6 consultas, idade gestacional acima de 37 semanas, não
entraram em trabalho de parto, sendo a via de parto mais frequente a cesária.
Quanto aos Rns, quando comparados aos de mães não-diabéticas, não tiveram uma
maior taxa de complicações, admissões na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e
macrossomia. Houve associação significativa de diabetes com multiparidade. Em
relação à via de parto, o estudo mostrou um acréscimo da taxa de cesariana entre
as pacientes portadoras de diabetes. Porém, não confirmou a hipótese de que as
cesarianas ocorreram após induções do parto malsucedidas. Novos estudos se
fazem necessários para definir o momento ideal do nascimento da criança de mãe
diabética, uma vez que complicações dos Rns de mães portadoras DM na gestação
se confirmaram.
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