Relação entre estrutura organizacional e capacidades dinâmicas: um estudo de caso de pequenas e médias empresas em rede
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Data
2021-11-30Primeiro membro da banca
Lopes, Luis Felipe Dias
Segundo membro da banca
Bichueti, Roberto Schoproni
Terceiro membro da banca
Sausen, Jorge Oneide
Quarto membro da banca
Silva, Luciana Santos Costa Vieira da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A importância dos recursos para integrar a estratégia ao fluxo de operações da empresa, apontam a estrutura organizacional como fator crítico para a criação e sustentação de capacidades dinâmicas, as quais são determinantes para o sucesso de uma organização. Este estudo se propôs a verificar como a estrutura organizacional influencia a criação e a sustentação de capacidades dinâmicas em PMEs que pertencem a uma rede de cooperação. A operacionalização da pesquisa deu-se por meio dos seguintes objetivos específicos: compreender como as PMEs pertencentes à Rede de Cooperação Redefort; estão estruturadas e quais são os elementos sustentadores da dinâmica funcional e operacional destas empresas; descrever e analisar como acontece o processo de criação e sustentação das capacidades dinâmicas das PMEs pertencentes à Rede de Cooperação Redefort; analisar as relações existentes entre as estruturas organizacionais e capacidades dinâmicas das PMEs pertencentes à Rede de Cooperação Redefort. O estudo classifica-se, quanto à natureza, como pesquisa aplicada; quanto à abordagem, como qualitativa, conduzida pela técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin (2006); quanto aos objetivos e fins, como exploratória; quanto aos meios e procedimentos técnicos, como um estudo de caso. Os resultados apontam para uma relação entre estrutura organizacional e capacidades dinâmicas. Percebeu-se que as mudanças na estrutura organizacional são conduzidas por decisões estratégicas, a qual geralmente está associada às alterações nas condições externas e internas com que as PMEs se defrontam. No momento em que os gestores identificam tais mudanças, a organização se vê na iminência de mudar sua estratégia e também sua estrutura organizacional para se adequar ao mercado. A estrutura organizacional apresenta-se como uma alternativa para contornar o problema de mudanças contingenciais, estabelecendo, assim, novas configurações e ações a serem adotadas dentro dessa nova expectativa de realidade, via capacidades dinâmicas. Sucintamente, essa relação entre estrutura organizacional e capacidades dinâmicas é expressa nas seguintes variáveis percebidas na pesquisa: os sistemas e ferramentas gerenciais, e a expertise da equipe (grau de especialização); as capacidades de delegação, descentralização e coordenação, o grau de descentralização; a capacidade de comunicação, o grau de formalização e a capacidade de reconfiguração. As contribuições da tese estão no fato de que esse estudo envolve teoria e prática de gestão, e aponta para uma interessante relação entre a estrutura organizacional e capacidades dinâmicas, contribuindo com um novo olhar para os estudos que envolvam estes dois construtos teóricos e levantando mais questões a serem abordadas. Por isso, sugere-se para estudos futuros: envolver, na pesquisa, não só os gestores, mas os demais colaboradores dos diversos departamentos das PMEs; trabalhar em outros ramos de negócio, e outras redes de cooperação para verificar se ocorrem as mesmas dinâmicas relacionais aqui percebidas; medir matematicamente as capacidades e graus que relacionam as estruturas organizacionais e capacidades dinâmicas, oferecendo à academia equações estruturais ou escalas para tal; envolver também, na pesquisa, alguns agentes externos, como usuários, parceiros, fornecedores das estruturas organizacionais estudadas.
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