Práticas pedagógicas articuladas entre ensino comum e educação especial: possibilidades de acesso ao currículo
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Data
2022-02-09Primeiro membro da banca
Jesus, Denise Meyrelles de
Segundo membro da banca
Freitas, Cláudia Rodrigues de
Terceiro membro da banca
Menezes, Eliana da Costa Pereira de
Quarto membro da banca
Castro, Sabrina Fernandes de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O estudo objetivou conhecer a organização das práticas pedagógicas em educação especial, refletindo sobre os processos de articulação e colaboração na escola como possibilidade de proporcionar acessibilidade curricular. Tem base epistemológica, teórica e metodológica no Pensamento Sistêmico, a partir das contribuições de Vasconcellos (2013), Maturana (1990; 1998; 2014); Maturana e Varela (2001) e Pellanda (2009), compreendendo a complexidade, a instabilidade e a intersubjetividade. No que tange às questões pedagógicas, está fundamentado na Pedagogia Diferenciada de Meirieu (1998; 2002; 2005; 2006) e, referente às questões sobre currículo, em Sacristán (2000; 2013), Arroyo (2011), Moreira e Caudau (2007) e Moreira e Silva (2008). Em conformidade com o pensamento sistêmico, a pesquisa foi metodologicamente inspirada na cartografia, valorizando o acompanhamento de processos. A produção dos dados ocorreu a partir das informações fornecidas pela 8ª Coordenadoria Regional de Educação, referente à organização da educação especial na Rede Estadual de Ensino em Santa Maria/RS; de conversas individuais com 26 professoras de educação especial, que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE); e de nove encontros reflexivos, realizados pela plataforma Google Meet, em função do distanciamento social exigido pela pandemia da COVID-19. O desenvolvimento do estudo ocorreu a partir de quatro frentes: 1) organização da educação especial na Rede Estadual de Ensino em Santa Maria; 2) análise da percepção dos professores de educação especial sobre práticas pedagógicas articuladas e processos de colaboração na escola; 3) existência e organização de práticas pedagógicas articuladas e colaborativas no contexto pesquisado; e 4) possibilidades e desafios de acesso ao currículo, vivenciadas no contexto do ensino comum. A educação especial, no contexto pesquisado, está organizada majoritariamente com a oferta do Atendimento Educacional Especializado. Das 41 escolas, 35 ofertam o serviço, desenvolvido por professoras que possuem, quase em sua totalidade, formação inicial em educação especial. Elas compreendem a articulação pedagógica como qualquer diálogo entre os professores do ensino comum e educação especial, como conversas em corredores, no horário de intervalo e paralelas a reuniões. Não existem momentos específicos destinados à articulação e à colaboração entre as áreas. As práticas pedagógicas organizam-se prioritariamente com atendimento em salas de recursos, ocorridas, muitas vezes, no mesmo turno de escolarização, configurando-se como substituição de ensino e prática de diferenciação curricular. Destaca-se que o acesso ao currículo é limitado, tanto em função das condições intrínsecas dos alunos como pelas condições metodológicas dos professores de sala de aula, que aparecem como tradicionais e pouco diversificadas. É possível perceber a manutenção da cisão entre ensino comum e educação especial, ainda que ocupem o mesmo espaço físico (a escola comum). Defendemos a tese de que a construção de uma prática articulada e colaborativa no contexto educacional apresenta-se como uma potente ferramenta na garantia de acessibilidade curricular, possibilitando romper com determinadas barreiras históricas que dificultam a escolarização de alunos público-alvo da educação especial no ensino comum e que inviabilizam o acesso ao currículo.
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