Resposta sorológica e proteção fetal contra o vírus da diarréia viral bovina (BVDV) em vacas prenhes imunizadas com uma vacina experimental atenuada
Fecha
2008-03-03Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O principal objetivo das vacinas contra o vírus da diarréia viral bovina (BVDV) é conferir proteção fetal e assim reduzir as perdas reprodutivas e a produção de bezerros persistentemente infectados (PI). Essa dissertação relata a avaliação de resposta sorológica e proteção fetal conferida por uma vacina experimental contendo duas amostras atenuadas do BVDV-1 (BVDV-1) e 2 (BVDV-2). Vacas previamente imunizadas com a vacina experimental (n=19) e controles não-vacinadas (n=18) foram colocadas em cobertura e desafiadas, entre os dias 30 e 90 de gestação, pela inoculação intranasal de quatro amostras heterólogas de BVDV-1 e BVDV-2. A resposta sorológica foi avaliada por testes de soro-neutralização realizados a diferentes intervalos após a vacinação (dias 34, 78 e 134 pós-vacinação [pv]). A proteção fetal foi monitorada por exames ultra-sonográficos e clínicos realizados durante o restante da gestação; e pela pesquisa de vírus e anticorpos no sangue pré-colostral coletado dos fetos abortados e/ou dos bezerros recém nascidos. No dia do desafio (dia 138 pv), todas as vacas vacinadas apresentavam anticorpos neutralizantes em títulos altos contra o BVDV-1 (1.280 ≥ 10.240) e, com exceção de uma vaca (título 20), todas apresentavam títulos moderados a altos contra o BVDV-2 (80 - 1.280). O monitoramento da gestação revelou que, dentre as 18 vacas não-vacinadas apenas três (16,6%) pariram bezerros saudáveis e livres de vírus. As 15 restantes (83,3%) apresentaram indicativos de
infecção fetal e/ou falhas reprodutivas. Sete dessas vacas (38,8%) pariram bezerros positivos para o vírus, sendo que cinco eram saudáveis e sobreviveram; e dois apresentavam sinais de prematuridade ou fraqueza e morreram três e 15 dias após o nascimento respectivamente. As oito vacas controle restantes (44,4%) abortaram entre o dia 30 pós-desafio e às proximidades do parto, ou deram a luz a bezerros prematuros, inviáveis ou natimortos. Por outro lado, 17 de 19 vacas vacinadas (89,4%) pariram bezerros saudáveis e livres de vírus. Uma vaca vacinada abortou 130 dias pós-desafio, mas o produto não pode ser examinado para a presença de vírus. Outra vaca vacinada pariu um bezerro positivo para o vírus. Esses resultados demonstram que a vacina experimental induziu títulos adequados de anticorpos na maioria dos animais; e que a resposta imunológica produzida foi capaz de conferir proteção fetal e prevenir as perdas reprodutivas frente ao desafio com um pool de amostras heterólogas de BVDV.