Avaliação nutricional do jundiás frente a dietas contendo diferentes níveis de arginina e seu antagonismo lisina/arginina
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o nível ótimo de inclusão de arginina e a relação
de antagonismo entre os aminoácidos lisina e arginina em dietas para juvenis de jundiá
(Rhamdia quelen), e para isso foram estudadas variáveis de desempenho zootécnico,
composição e retenção de nutrientes, parâmetros bioquímicos, hepáticos e digestivos. O
primeiro experimento teve duração de 45 dias, foi conduzido no Laboratório de Piscicultura
da Universidade Federal de Santa Maria, em sistema de recirculação de água, utilizando-se 24
tanques de 280 L, cada qual equipado com duas unidades experimentais (tanques-rede com
volume útil de 15 L), cada unidade foi povoada com 12 peixes (peso inicial de 2,00 ± 0,04 g).
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial dois por seis,
sendo que para 4,5% e 5,1% de lisina foram utilizados os seguintes níveis de arginina: 2,5,
3,0, 3,6, 4,3, 5,0 e 5,6% (da fração proteica), totalizando 12 tratamentos com 4 repetições. O
segundo experimento teve duração de 49 dias, seguindo a mesma metodologia do primeiro
variando os níveis de inclusões de arginina e mantendo o teor de lisina fixo em 6,65% da
fração proteica, testando seis níveis crescentes de arginina: 4,20, 4,65, 5,0, 5,35, 5,65 e 6,00%
cada um com 4 repetições. Cada unidade foi povoada com 15 peixes (peso médio 3,00±0,3 g).
No primeiro estudo com base nos resultados obtidos pelas equações de regressão polinomial,
concluímos que a combinação de 5,1% de lisina com 4,6% de arginina proporcionou melhor
desempenho associado a maior rendimento de carcaça e menor deposição de gordura corporal.
Já o segundo estudo que manteve lisina fixa em 6,65% (proteína), encontrou-se melhor
resposta à inclusão de arginina em 5,8% da fração proteica das dietas.