Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP): políticas e requisitos necessários à implantação no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)
Resumo
A presente pesquisa aborda aspectos relacionados às implicações da implantação e
uso do Prontuário Eletrônico de Pacientes no Hospital Universitário de Santa Maria,
e seu envolvimento com princípios e conceitos da arquivística. Este trabalho
justifica-se pela presunção teórica de que os modelos de PEPs existentes estão
desprovidos de referenciais teóricos arquivísticos como autenticidade e
confiabilidade. O foco do estudo foi alicerçado em objetivos que se entrelaçam e se
complementam: aspectos que incluem as estratégias de preservação de
documentos eletrônicos e seu relacionamento com a autenticidade e confiabilidade
das informações; o estudo e a análise de alguns modelos de software para PEP,
onde foi traçado um paralelo com a legislação vigente; apresentação de um
esquema de metadados com potencial de uso no PEP, a partir da análise e estudo
do e-Arqu Brasil; o estudo do PEP como memória e patrimônio cultural. Realizou-se
uma pesquisa aplicada de caráter qualitativo e para a coleta de dados foi utilizado
um formulário compostos de questões relacionadas aos objetivos desta pesquisa.
Os resultados obtidos estão alicerçados no princípio de que todo o trabalho
arquivístico deve estar relacionado à realidade documental, conhecida através da
coleta de informações essenciais ao desenvolvimento de uma investigação
cientifica. Constatou-se a ausência do envolvimento de arquivistas na implantação e
desenvolvimento de um sistema de PEP, tarefa difícil que exige competências e
habilidades técnicas e intelectuais dos profissionais engajados. Conclui-se,
defendendo o PEP como documento arquivístico de preservação permanente e
como objeto de estudo de profissionais da área de saúde, tecnologia da informação,
historiadores, sociólogos e arquivistas.