Formas novas, temas antigos: conectando história e patrimônio na criação de padrões gráficos para divulgar Santa Maria
Resumo
A preservação do Patrimônio Arquitetônico Tombado, pertencente às cidades brasileiras - assunto tão debatido na atualidade -, pressupõe questionamentos que nem sempre são abordados pelos profissionais envolvidos na área de preservação. Um deles é a obtenção de verba para a manutenção dos bens tombados, bem como a aproximação entre essas construções e suas respectivas comunidades, já que é possível averiguar no cotidiano das urbes, as falhas existentes no cumprimento das leis de tombo que não conseguem assegurar, por si só, a garantia de preservação desses elementos responsáveis por materializar as memórias e vivências obtidas no decorrer da história. Não obstante, a falta de uma consciência preservacionista, amplamente disseminada na sociedade, também demonstra a falta de conhecimento das populações acerca da história e da importância desses elementos urbanos que ilustram não só o passado das cidades, mas também definem a identidade dos indivíduos que nelas habitam. Essas definições culturais sobre os sujeitos podem ser reforçadas, refeitas ou até mesmo fabricadas pelas diferentes linguagens midiáticas que surgem e ou se reinventam ao sabor dos progressos obtidos através de pesquisas, avanços tecnológicos, novas possibilidades de interação, entre outros. Nesse sentido, o presente trabalho surge com o intuito de divulgar o conjunto de prédios históricos tombados de Santa Maria, através da técnica de estamparia, inspirada nas características formais da arquitetura desses prédios, buscando, assim, reforçar os laços identitários entre a população da cidade de Santa Maria e seus prédios históricos, bem como propor uma fonte de renda para a manutenção e preservação desses bens, pois, como é de conhecimento popular, só valorizamos aquilo que conhecemos. .