Efeitos de um programa de reabilitação cardíaca - fase II - pós revascularização miocárdica na associação força muscular respiratória e capacidade funcional máxima
Resumo
A Reabilitação cardíaca (RC) pós revascularização miocárdica (RM) apresenta uma série de benefícios, tais como, na qualidade de vida, diminuição da morbidade e mortalidade, melhora da força muscular e capacidade funcional. O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos de um programa de RC (fase II) combinado com o treinamento muscular inspiratório (TMI) na associação entre força muscular respiratória e capacidade funcional máxima em pacientes pós RM. Trata-se de um estudo quase-experimental, com 17 pacientes alocados em grupo controle (GC; n=8) realizando RC e exercícios respiratórios e grupo tratamento (GT; n=9) realizando RC associada ao TMI com Threshold® IMT. A intervenção foi realizada durante 12 semanas, com 2 encontros semanais, com duração de 45 a 60 minutos. Os pacientes foram avaliados antes e após a intervenção com os seguintes instrumentos: manovacuômetro digital (MDI® modelo MVD 300 Globalmed®) e teste ergométrico através do protocolo de rampa. O GT apresentou incremento após a intervenção, da pressão expiratória máxima (PEmax) (p=0,006), pressão inspiratória máxima (PImax) (p=0,001) e consumo de oxigênio de pico (VO2pico) (p<0,001) que associou-se positivamente com a PImax (r=0,736; p=0,024) e PEmax (r=0,672; p=0,047). Ao compararmos, entre os grupos, a variação da PEmax, PImax e VO2pico após a intervenção, o incremento foi significativamente maior no GT (p=0,034; p=<0,001; p=0,040), respectivamente. Conclui-se que um programa de RC (fase II) combinado com o TMI apresentou incremento da força muscular respiratória, capacidade funcional máxima e associação positiva da PImax e PEmax com VO2pico nos pacientes do GT.
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