Educação ambiental na educação do campo: o caso das escolas inseridas no assentamento Filhos de Sepé - Viamão/RS
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Data
2014-08-18Autor
Cunha, Alecsandra Santos da
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Este trabalho é fruto da pesquisa para elaboração de monografia do Curso de Especialização em Educação Ambiental do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria, e teve como principal objetivo compreender como a Educação Ambiental é desenvolvida nas escolas do campo do Assentamento Filhos de Sepé (E.M.E.F. Nossa Senhora de Fátima e E.E.E.F. Rui Barbosa). A Educação do Campo vem travando uma batalha no cenário nacional para enfrentar os problemas sociais relacionados à estrutura fundiária e posse da terra. Assim como a Educação Ambiental tratada nesta pesquisa a partir do pensamento complexo, é de suma importância para o desenvolvimento da sociedade, a Educação do Campo e a Educação Ambiental guardam relação direta com o modelo de produção capitalista, no sentido de serem o contraponto ao crescimento econômico e estarem presentes nas pautas de luta dos movimentos sociais. A Educação Ambiental e a Educação do Campo buscam na construção do conhecimento a formação de sujeitos críticos, com capacidade de pensar a sociedade de forma complexa, deslegitimando uma educação instrumental e fragmentada. Localizadas dentro de assentamento de reforma agrária, as escolas abordadas devem ponderar essa particularidade, considerando a cultura, os direitos sociais e o modo de vida camponês na construção de um novo modelo de educação fundamentado na autonomia dos sujeitos. A pesquisa foi realizada em quatro etapas: a primeira consistiu na pesquisa teórica sobre o tema, buscando os contrapontos da educação tradicional; a segunda foi centrada na coleta de dados de fontes secundárias, com a intenção de entender o alcance da Educação Ambiental e da Educação do Campo; a terceira correspondeu a coleta de dados primários através dos trabalhos de campo, foram realizadas observações empíricas, entrevistas e conversas informais que constituíram a base de análise, realizada pela contraposição entre o discurso e as práticas pedagógicas. A quarta e última etapa consistiu na síntese dos dados coletados, interpretando-os de forma crítica e qualitativa, a fim de compreender como a Educação Ambiental vem sendo desenvolvida nessas escolas do campo, considerando suas especificidades, enquanto Educação do Campo. A realidade encontrada na pesquisa foi de uma Educação Ambiental instrumental, que apesar do esforço por parte dos educadores, a falta de formação crítica e reflexiva, não permite o desenvolvimento de projetos de emancipação dos sujeitos, que realmente tratem a questão ambiental no seu contraponto dialético, de forma crítica, formulando a interpretação da crise global da sociedade moderna.
Coleções
- Educação Ambiental [191]
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