Saberes e práticas de enfermeiras acerca do acolhimento com classificação de risco em centro obstétrico
Resumo
Estudo qualitativo, de campo, do tipo descritivo, realizado com 11 enfermeiras do centro obstétrico de um hospital de ensino do interior do Rio Grande do Sul. O estudo teve como questão de pesquisa: quais os saberes e práticas das enfermeiras acerca do dispositivo Acolhimento Com Classificação de Risco em um Centro Obstétrico, e como objetivo: compreender os saberes e práticas das enfermeiras acerca do Acolhimento com Classificação de Risco em um Centro Obstétrico. A produção dos dados aconteceu nos meses de maio a julho de 2016, por meio da técnica do grupo focal. Os dados foram submetidos à proposta operativa. O projeto de pesquisa foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, sob CAAE número 53781516.0.0000.5346. Os resultados foram organizados em três unidades de sentido: conceituando Acolhimento com Classificação de Risco: uma construção coletiva; facilidades e dificuldades vivenciadas por enfermeiras frente ao Acolhimento com Classificação de Risco; o Acolhimento com Classificação de Risco como um caminho. Os achados indicaram que os saberes das enfermeiras estão atrelados aos principais preceitos preconizados pelas políticas e programas de atenção à saúde da mulher no Brasil. Surgiram aspectos facilitadores e dificultadores, que evidenciaram alguns desafios a serem superados no atendimento, como a superlotação, o trabalho fragmentado, os conflitos e assimetrias de poder, a desorganização da porta de entrada e da classificação de risco, o desrespeito a autonomia da enfermeira e a pouca articulação com o restante da rede de saúde. É preciso, repensar e criar novas formas de agir em saúde que levem a uma atenção resolutiva, humanizada e acolhedora a partir da compreensão da importância de laços fortes entre os serviços disponíveis na rede local, do fortalecimento dos vínculos e da aproximação dos sujeitos envolvidos.
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