Influência do controle virológico e da terapia antirretroviral sobre a força muscular respiratória em sujeitos com HIV
Resumo
Desde a introdução da terapia antirretroviral (TARV), a expectativa de vida de portadores do vírus Human Immunodeficiency Virus (HIV) tem aumentado, sendo o acompanhamento da carga viral uma ferramenta para monitoração da progressão do HIV. A fraqueza muscular respiratória já foi apontada em estudos anteriores e está presente nesta população, porém não há relatos comparando diferentes níveis de carga viral. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do controle virológico e do uso de terapia antirretroviral sobre a força muscular respiratória em pacientes com HIV. Estudo transversal com 60 pacientes com HIV, subdivididos em três grupos: com TARV e carga viral não detectável (GTCV-; n=20), com TARV e carga viral detectável (GTCV+; n=20) e sem TARV e carga viral detectável (GsTCV+; n=20). A força muscular respiratória foi mensurada com manovacuômetro digital. A carga viral foi menor no GTCV+ do que no GsTCV+. A contagem de células T-CD4 foi maior no GTCV- do que nos demais. Os grupos GTCV+ e GsTCV+ apresentaram redução da PEmáx na comparação com o GTCV-, baseado no % do predito. Tanto o GTCV+ quanto o GsTCV+ apresentaram valores de mediana que demonstram fraqueza muscular inspiratória (PImáx<70% do predito). O grupo de pacientes em uso de TARV e com carga viral não detectável apresentou maior força muscular expiratória e não foi classificado com fraqueza muscular inspiratória. Estes efeitos favoráveis da TARV e da baixa carga viral podem implicar em melhores desfechos funcionais.
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