Desempenho agronômico de cultivares de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) em áreas com diferentes potenciais produtivos
Resumo
O manejo localizado nas zonas de manejo que apresentam distintos potenciais de rendimento de grãos tem sido umas das alternativas propostas pela agricultura de precisão (AP). Neste sentido, o estudo teve por objetivo avaliar o desempenho agronômico de cinco cultivares de feijoeiro comum com diferentes hábitos de crescimento em áreas com distintos potenciais de rendimento de grãos. O estudo foi conduzido na safra 2017 e 2018 em uma área comercial no município de Erval Seco – RS. Foram definidas as zonas de distintos potenciais de rendimento de grãos a partir da sobreposição de mapas de colheita. O experimento foi alocado em delineamento de blocos ao acaso, conduzido em sub-parcela. As parcelas principais foram constituídas por três zonas de manejo (alto, médio e baixo) e as sub-parcelas por cinco cultivares de feijão (BRSMG Realce, BRS Radiante, BRS Campeiro, BRS Esteio e BRS Esplendor) com três repetições. Os parâmetros avaliados foram: estatura de planta (EST), altura de inserção do 1o legume (IPLEG), base de inserção do 1o legume (BPLEG), número de legumes totais por planta (NLTP), número de legumes por planta na haste (NLH), número de legumes por planta nos ramos (NLR), peso de cem grãos (PCG) e rendimento de grãos (REND). O rendimento de grãos apresentou correlação com estatura de planta, altura de inserção do primeiro legume, base de inserção do primeiro legume, número de legumes por planta na haste e número de legumes total por planta. Não foi possível constatar desempenho diferenciado das cultivares de feijão testadas nas diferentes zonas de rendimento (alto, médio e baixo). A zona de alto rendimento apresentou uma média de produção de 1.141 kg ha-1 e 2.487 kg ha-1, zona de médio 1.019 kg ha-1 e 2.167 kg ha-1 e a zona de baixo 784 kg ha-1 e 1.834 kg ha-1, para a safra 2017 e 2018, respectivamente. As cultivares de feijão podem apresentar adaptações em relação à expressão do potencial de rendimento de grãos e que algumas cultivares podem ser mais estáveis quando direcionadas aos diferentes ambientes de produção. A utilização do posicionamento de cultivares de feijão por ambiente de produção denota-se como uma nova ferramenta e estratégia que necessita ser mais elucidada dentro da AP, a qual pode contribuir de forma significativa na maximização da eficiência produtiva da cultura, frente às mais variadas áreas de produção no qual está inserida a cultura do feijão.
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