A identidade da mulher negra em concursos de beleza: Monalysa Alcântara, Miss Brasil 2017
Resumo
A presente pesquisa problematiza quais os sentidos sobre a identidade da mulher negra que foram mobilizados pela rede social Twitter e Facebook a partir da Miss Brasil 2017, Monalysa Alcântara. Para isso, foram analisados comentários feitos por internautas, nessas redes sociais, enquanto a Miss Brasil 2017 estava sendo coroada. Essa investigação foi feita por meio de uma análise cultural-midiática, proposta por Williams (2003), aliada à análise de conteúdo, proposta por Laurence Bardin (2002), uma técnica metodológica que se aplica em discursos diversos e a todas as formas de comunicação, seja qual for à natureza do seu suporte. Este estudo foi amparado principalmente nos pressupostos teórico-metodológicos dos Estudos Culturais e gênero, com base em Williams (2011), Woodward (2000), Escosteguy (2007), Gomes (2003), Coutinho (2010) e Quadrado (2016). Como
principal resultado observamos os sentidos de desprezo pelo corpo negro, de inferiorização, além de que o estereótipo do corpo/beleza da mulher negra está acima da identidade feminina. Concluímos, então, que para além do preconceito
com a estética negra existe uma repugnância em ver mulheres negras ocupando espaços de poder até então ocupados majoritariamente por mulheres brancas.
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