Estudo etnofarmacológico, fitoquímico e biológico de Poikilacanthus glandulosus (Nees) Ariza
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Data
2016-08-25Autor
Brum, Thiele Faccim de 
Primeiro orientador
Bauermann, Liliane de Freitas
Primeiro membro da banca
Sagrillo, Michele Rorato
Segundo membro da banca
Lopes, Gilberti Helena Hübscher
Terceiro membro da banca
Alves, Sydney Hartz
Quarto membro da banca
Machado, Michel Mansur
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Poikilacancthus glandulosus é um subarbusto, distribuída no Sudeste e Sul do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai e pertence a família Acanthaceae. O objetivo deste estudo foi realizar um estudo etnofarmacológico, fitoquímico e investigar atividades biológicas dos extratos obtidos das folhas e dos galhos de P. glandulosus. O material vegetal foi coletado no município de Santiago, RS, Brasil, e está depositado no herbário do Departamento de Biologia da UFSM catalogado sob os números de registro SMDB 12.442 e 13.178. O material foi macerado com etanol (70%) e filtrado. Após, uma parte do extrato hidroalcóolico (EH) foi reservada e a outra evaporada em evaporador rotatório para remoção do etanol (extrato aquoso - EA). Este foi particionado em ampolas de separação, utilizando solventes de polaridade crescente: diclorometano (CH2Cl2), acetato de etila (AcOEt) e butanol (BuOH), sendo que o extrato bruto (EB) foi obtido pela secura do EA. O estudo etnofarmacológico permitiu coletar dados sobre a espécie junto aos usuários da planta para fim medicinal, como nome popular, uso medicinal, tipo de extrato, entre outros. Através do estudo fitoquímico foi revelado a presença de triterpenoides e esteroides, cumarinas, catequinas, fenóis, ácidos orgânicos, amino-grupos, antocianinas, antocianidinas e flavonoides, heterosídeos antociânicos, heterosídeos cardioativos. A análise por CLAE revelou a presença de ácido gálico em todas as frações testadas (folhas e galhos). Além disso, foi revelada a presença de ácido maslínico, uvaol, sitosterol e α-amirina nos extratos da espécie. O extrato bruto das folhas apresentou atividade anti-inflamatória e antiedematogênica in vivo. Os extratos das folhas não apresentaram cito e genotoxicidade nas concentrações testadas. A fração AcOEt apresentou o maior teor de polifenóis e flavonoides nas folhas e nos galhos de P. glandulosus. Na avaliação da capacidade antioxidante, a fração AcOEt dos galhos o EB das folhas, se destacaram em relação a inibição pelo radical DPPH. A fração AcOEt das folhas e a fração CH2Cl2 dos galhos reduziram significativamente a peroxidação lipídica comparado com as demais frações. Em relação ao teste da DCFH, a fração CH2Cl2 das folhas e dos galhos se destacou. Na avaliação da atividade antimicrobiana, os extratos demonstraram boas atividades contra bactérias Gram-positivas e foram praticamente inativos contra Gram-negativas. Promissora atividade frente à micobactéria M. smegmatis foi encontrada para a fração CH2Cl2. O EB e a fração AcOEt das folhas de P. glandulosus apresentaram redução na formação de biofilme formado por S. aureus e o EB dos galhos frente S. mutans e a L. monocytogenes. O extrato bruto das folhas e dos galhos apresentou efeito escolicida frente à Echinococcus ortleppi em um curto período de tempo. Através deste estudo, foi possível validar as informações sobre o uso medicinal de P. glandulosus, identificar a composição fitoquímica e avaliação das atividades biológicas pela pimeira vez.
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