Efeitos do exercício progressivo em cicloergômetro na arquitetura muscular do quadríceps femoral de pacientes críticos: ensaio clínico randomizado
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Data
2018-08-10Primeiro membro da banca
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Segundo membro da banca
Annoni, Raquel
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A perda de massa muscular é um problema frequente nos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), nesse contexto, o exercício em cicloergômetro vem sendo utilizado na profilaxia da atrofia muscular desses pacientes. Considerando esses aspectos, o propósito do presente estudo foi avaliar os efeitos do exercício progressivo em cicloergômetro na arquitetura muscular do quadríceps femoral de pacientes críticos. Dessa forma, foi conduzido um ensaio clínico randomizado, com cegamento de avaliadores de desfecho, onde os pacientes incluídos foram de ambos os sexos, ≥ 18 anos, nas primeiras 24 horas de ventilação mecânica (VM), com nível de sedação profundo e hemodinamicamente estáveis. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em grupo controle (GC), que realizou a fisioterapia convencional e grupo intervenção (GI) caracterizado pela implementação do exercício progressivo em cicloergômetro associado à fisioterapia convencional. O exercício em cicloergômetro foi realizado durante 30 minutos, inicialmente no modo passivo (pacientes classificados em RASS – 4) e sequencialmente no modo ativo (pacientes classificados em RASS 0). O desfecho primário foi a espessura muscular do quadríceps femoral (EMQ). Os desfechos secundários foram a área de secção transversal do músculo reto femoral, a ecogenicidade dos músculos reto femoral e vasto intermédio, a força muscular periférica durante a internação na UTI, a velocidade de marcha e a força muscular de membros inferiores na alta hospitalar e a qualidade de vida 3 meses após a alta hospitalar. No GC houve redução significativa de -0,5cm na EMQ (p<0,005) e de -2,7cm² na área de secção transversal do reto femoral (p=0,003). A ecogenicidade do reto femoral nos pacientes do GC foi significativamente maior em comparação ao GI (34,9; p<0,001). A força muscular periférica apresentou um aumento significativo no GI de 7,2 pontos (p<0,005) no escore da escala MRC e no GC de 4,3 pontos (p<0,005). Não foram observadas diferenças entre os grupos em relação à ecogenicidade do vasto intermédio, velocidade de marcha, força muscular de membros inferiores e qualidade de vida 3 meses após a alta hospitalar. O exercício progressivo em cicloergômetro preservou a EMQ, a área de secção transversal do reto femoral e a qualidade muscular do reto femoral, além disso, o programa de mobilização precoce e a fisioterapia convencional preservaram a qualidade do músculo vasto intermédio e aumentaram a força muscular periférica de pacientes críticos.
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