Subsídios para o manejo de Cedrela fissilis (Vell.) em floresta estacional decidual secundária
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Data
2015-02-24Primeiro membro da banca
Ribeiro Junior, Paulo Justiniano
Segundo membro da banca
Higuchi, Pedro
Terceiro membro da banca
Pereira, João Eduardo da Silva
Quarto membro da banca
Bisognin, Dílson Antônio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O manejo florestal das espécies nativas tem mostrado grande potencial para a produção de madeira. Neste sentido entende-se que o estudo das condições que abrangem desde os aspectos iniciais do crescimento das plântulas até a árvore adulta seja imprescindível. Com isso em mente, visou-se avaliar indivíduos de cedro jovens e adultos, quanto aos seus aspectos de distribuição diamétrica, distribuição espacial, sanidade, incremento em altura e incremento em diâmetro e volume. Para isso, foram medidos a altura total; o diâmetro de coleto ou DAP, a competição pela área basal pontual de Spurr, pela área basal de Bitterlich e índice de competição vertical das árvores jovens e adultas. Para análise de distribuição espacial todos os cedros com altura superior à 15 cm tiveram suas coordenadas obtidas com GPS e anotadas as suas características e estados sanitário quanto a precença de danos de ataque de pragas. O incremento das árvores maduras foi obtido através de tradagem, e algumas árvores de cedro foram abatidas para análise de tronco (ANATRO). Foi feito histograma de freqüência dos diâmetros, análise da distribuição espacial pela função K de Ripley, e análise de regressões pelo método stepwise para o incremento em diâmetro e altura em função das variáveis medidas. A distribuição diamétrica tanto dos indivíduos jovens como dos indivíduos maduros teve forma exponencial negativa. As plantas jovens de cedro apresentam distribuição agrupada, enquanto as árvores maduras apresentam distribuição aleatória. O modelo encontrado para o incremento em altura das árvores jovens incluiu as variáveis altura inicial e área basal. Não foi possível determinar um modelo de incremento em diâmetro para as árvores jovens devido sua elevada variação. As árvores jovens foram atacadas pela mariposa e pelo serrador. A intensidade de ataque da mariposa foi maior em áreas com baixa densidade total de árvores e do serrador em áreas com elevada densidade de cedro nas dimensões de ataque (entre 8 e 12 cm de diâmetro do coleto). O modelo de incremento em diâmetro das árvores maduras incluiu os parâmetros de classe de copa, e do diâmetro inicial, de incremento em área transversal incluiu a relação hipsométrica, a classe de copa e o índice de saliência. O incremento em diâmetro foi claramente menor nas árvores oprimidas que nas árvores consideradas do estrato emergente. O modelo que melhor descreveu os dados de volume foi o modelo de Ogaya. A partir dos resultados expostos concluiu-se que o cedro necessita de clareiras para sua regeneração, sendo que são necessárias poucas árvores matrizes por hectare para garantir sua regeneração, o crescimento da regeneração de cedro é beneficiado pela presença da samambaia das taperas, e por áreas com menor área basal, contudo áreas muito abertas proporcionam o ataque da mariposa. Para o manejo de cedro em florestas nativas devem-se priorizar árvores com menores relações hipsométrica e de maiores índices de saliência, e deve-se manter a área basal menor que 30m², pois área basal superior a esse valor indica elevada competição para a espécie.
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