Envelhecimento e qualidade de vida no trabalho de servidores em abono permanência de uma instituição federal de ensino
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Data
2020-07-16Primeiro coorientador
Delboni , Miriam Cabrera Corvelo
Primeiro membro da banca
Dallepiane, Loiva Beatriz
Segundo membro da banca
Areosa, Silvia Virginia Coutinho
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O abono permanência constitui importante fator de desoneração da previdência pública, pois
contribui para a manutenção de servidores na ativa, principalmente aqueles que se encontram
na plenitude da carreira, com conhecimento e experiência acumuladas, tornando-os
fundamentais para os quadros de pessoal de seus órgãos de atuação. Nesse tema, este estudo
teve como objetivo identificar a qualidade de vida no trabalho a as motivações dos servidores
em abono permanência para permanecerem na atividade, mesmo estando aptos à aposentadoria,
em uma instituição federal de ensino (IFE). O estudo caracteriza-se como observacional, do
tipo transversal, fornecendo informações descritivas de prevalência da população analisada,
realizado em uma IFE com multicampi − situados nas cidades de Santa Maria (sede), Frederico
Westphalen, Palmeira das Missões, Silveira Martins e Cachoeira do Sul − que, em outubro de
2019, contava com 629 servidores em abono permanência. Os dados secundários foram obtidos
junto ao Sistema de Informações para o Ensino (SIE), e os dados primários coletados através
de questionário estruturado, sendo a primeira parte composta de informações
sociodemográficas, seguida de questões fechadas de acordo com o modelo de QVT de Walton,
finalizando com questões específicas relacionadas às ações desenvolvidas na IFE destinadas à
promoção da saúde de seus servidores. Os servidores em abono permanência da amostra tinham
idade média de 59 anos (+4,42%), predominância do sexo feminino (58,5%), casados (62,2%),
com dois filhos (36,3%) e coabitando o casal e o filho (45,9%). Quanto à escolaridade, a
predominância é de doutores (31,1%), assim como a jornada de trabalho de 40 horas semanais
(48,1%). A condição de saúde dos pesquisados é autodeclarada como ótima (54,8%), sendo
mais da metade com sobrepeso (51,1%) e diagnósticos de dislipidemia (40,0%), hipertensão
arterial (34,8%) e depressão (24,4%), com uso significativo de medicamentos (68,1%).
Referente ao estilo de vida, verificou-se que 8,8% são tabagistas, 55,5% relataram consumir
álcool pelo menos uma vez na semana, 30,3% adotam as caminhadas eventuais como atividade
física e 54% costumam submeter-se a avaliações médicas anualmente por conta própria. Para
as condições de qualidade de vida no trabalho da amostra, as manifestações em sua maioria são
de satisfação (58,5%), exceto ao que diz respeito aos benefícios, com o que se mostram
insatisfeitos (41,4%). Os achados referentes aos dados sociodemográficos, às condições de
saúde e ao estilo de vida revelam contribuições importantes para o aprimoramento de ações de
promoção e prevenção da saúde. Os servidores em abono permanência da amostra mostraram-
se satisfeitos com sua qualidade de vida no trabalho, com exceção dos benefícios recebidos. E
a sua principal motivação para a postergação da aposentadoria é o gosto pelo trabalho da
atividade desenvolvida.
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