Fatores que interferem a autoimagem genital de idosas
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Data
2020-08-07Primeiro membro da banca
Braz, Melissa Medeiros
Segundo membro da banca
Sperandio, Fabiana Flores
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação de mestrado tem como temática central a autoimagem genital. A
autoimagem genital consiste na identidade da genitália na sua representação pessoal, que
pode interferir nas atitudes e escolhas que estão relacionadas à sexualidade. Este estudo
teve como objetivo verificar quais são os principais fatores que interferem sobre a
autoimagem genital de idosas. Inicialmente investigou-se na literatura quais os fatores que
interferem sendo elencados os seguintes fatores: idade, estado civil, imagem corporal,
disfunções do assoalho pélvico como incontinência urinária e prolapso dos órgãos pélvicos.
Ainda, elencou-se as cirurgias estéticas na genitália, função sexual e a frequência da
atividade sexual. O estudo constituiu-se de uma pesquisa quantitativa explicativa e
retrospectiva, com 132 idosas de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, cadastradas
no Núcleo Integrado de Estudo e Apoio à Terceira Idade (NIEATI). Para participar do estudo
deveriam ter 60 anos ou mais e serem sexualmente ativas. Excluiu-se as mulheres com
déficit cognitivo e com qualquer patologia genital autorreferida ativa. Os instrumentos
utilizados foram o Miniexame do estado mental (MEEM) para avaliação da cognição, Ficha
de Avaliação Adaptada para investigar os dados sociodemográficos bem como os
antecedentes ginecológicos e obstétricos. Utilizou-se também o questionário Female Sexual
Function Index/Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) para a investigação da função
sexual e o questionário Female Genital Self-Image Scale (FGSIS) para avaliar a
autoimagem genital. A imagem corporal foi investigada usando o questionário Body
Appreciation Scale (BAS) e para avaliação da incontinência urinária, o International
Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF). Para a análise
estátistica, realizou-se uma análise multicolinearidade em que todas variáveis apresentaram
tolerância maior de 0,1 e VIF menor de 10, seguida de regressão logística binária pelo
método stepwise forward por verossimilhança, para verificar se os fatores são previsores do
descontentamento com a imagem genital (FGSIS<21,8). Como resultados, percebeu-se que
a amostra apresentava uma autoimagem genital positiva e identificou-se que somente a
imagem corporal (BAS) foi significativa [X²(1)=17,909; p<0,001, R²Negelkerke=0,214,
OR=8,552; IC95% 2,72-26,84]. A idade (p=0,618), estado civil (p=0,931), incontinência
urinária (p=0,685) e prolapso pélvico (p=0,454), cirurgias estéticas na genitália (p=0,908),
função sexual (p=0,369) e frequência de atividade sexual no último mês (p=0,106) não
interferiram na autoimagem genital das idosas estudadas. Conclui-se que a autoimagem
genital sofre influência pelo modo como as idosas visualizam o seu corpo e isso pode
interferir na saúde e nas questões sexuais.
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