O cateter nasal de alto fluxo como suporte respiratório após a extubação da população neonatal e pediátrica: uma revisão sistemática com metanálise
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Data
2020-06-26Primeiro coorientador
Schuch, Felipe Barreto
Primeiro membro da banca
Sbruzzi, Graciele
Segundo membro da banca
Weinmann, Angela Regina Maciel
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A falha no processo de desmame da ventilação mecânica invasiva e por consequência a rein-tubação do paciente já está relacionada com o aumento das taxas de mortalidade e de tempo de internação hospitalar. Em virtude disto, muitos estudos visam elucidar qual seria o melhor suporte respiratório após a extubação dos pacientes neonatais e pediátricos. Dentre eles, o cateter nasal de alto fluxo (CNAF) é uma nova tecnologia que propõe um suporte respiratório por diferentes mecanismos de ação. O presente estudo teve a seguinte pergunta de partida: o CNAF reduz as taxas de reintubações, com segurança e eficácia, comparado à terapia padrão (TP) na população neonatal assim como na pediátrica? Trata-se de uma revisão sistemática norteada pelas as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), na qual foram incluídos ensaios clínicos randomizados que com-parassem o suporte respiratório após a extubação com o grupo que utilizou o CNAF versus oxigenoterapia ou ventilação não invasiva em pacientes neonatos ou pediátricos. As buscas foram realizadas nas bases de dados da MEDLINE, EMBASE, Web of SCIENCE, LILACS, CENTRAL e CINAHL em julho de 2019 e atualizada em julho de 2020. Todas metanálises foram realizadas no software Review Manager® e a presença de viés de publicação foram executadas pelo Comprehensive Meta-Analysis®. Dos 1296 artigos não duplicados, 8 artigos foram incluídos na população neonatal (n=1322) e 2 na população pediátrica (n=252). Não houve diferença nas taxas de reintubação no grupo que utilizou o CNAF versus TP na popu-lação neonatal, assim como na pediátrica. No entanto, os neonatos (0,33; 0.24 até 0,46; p<0,00) e os prematuros (0,27; 0,07 até 0,98; p=0.05) que utilizaram CNAF foram predis-postos a um menor risco de lesão nasal comparados aos que utilizaram CPAP. Ainda, a po-pulação neonatal apresentou um menor risco para distensão abdominal quando utilizou o CNAF (0,34; 0,17 até 0,68; p= 0,002). Na população pediátrica não houve diferença signifi-cativa ao comparar oxigenoterapia convencional com CNAF (0,43; 0,1até 1,92; p=0,27). Em conclusão, a taxa de reintubação do CNAF não foi diferente com a TP em neonatos, e adici-onalmente propiciou menores riscos adversos nesta população. Na população pediátrica o CNAF não foi diferente nas taxas de reintubação quando comparado a TP. Esta revisão evi-dencia que há uma lacuna de estudos científicos nestas populações que elucidem outros be-nefícios do CNAF na extubação destes pacientes.
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