Resposta bioquímica de cultivares de soja à Meloidogyne javanica
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Data
2020-09-03Primeiro membro da banca
Leão, José Domingos Jacques
Segundo membro da banca
Santos, Jansen Rodrigo Pereira
Terceiro membro da banca
Debortoli, Mônica Paula
Quarto membro da banca
Madalosso , Marcelo Gripa
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A indução de resistência vem sendo utilizada no controle de pragas e doenças em plantas. Os mecanismos de defesa podem ser ativados por agentes orgânicos ou inorgânicos, reduzindo os impactos causados por esses organismos nas culturas de importância agrícola. Os estudos apresentados nesta tese objetivaram elucidar os possíveis efeitos de Bacillus amiloliquefaciens e Piraclostrobina, na indução de resistência em cultivares de soja, frente ao nematoide-das-galhas Meloidogyne javanica. Além disso, estudou-se em curso temporal as respostas bioquímicas das cultivares de soja, analisando a interação inicial planta/nematoide utilizando enzimas antioxidantes como marcadores de estresse oxidativo. Ambos os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação. No primeiro estudo, o efeito da utilização de B. amyloliquefaciens e Piraclostronina na indução de resistência foi investigado com base em parâmetros vegetativos de estatura de plantas, massa fresca e seca da parte aérea das plantas, massa fresca de raiz, número de galhas, número de nematoides por grama de raiz e fator de reprodução. A partir disso, foi verificado que ambos os indutores proporcionaram redução do número de galhas, número de nematoides por grama de raiz e fator reprodução nas cultivares BMX-Ícone IPRO, BMX-Ativa RR, SYN-Vtop RR e NA-5909 RG. No segundo estudo foram desenvolvidos dois experimentos; o primeiro com o objetivo de investigar, em horas, a resposta do complexo antioxidante da cultivar de soja BMX-Ativa RR inoculada com três densidades populacionais de M. javanica (0, 50, 5000 e 10000 juvenis + ovos) submetidas a cinco períodos de exposição (1, 2, 6, 12 e 48 horas após inoculação). O segundo experimento foi composto por quatro cultivares de soja (BMX-Ativa RR, NA-5909 RG, SYN-Vtop RR e BMX-Ícone IPRO), quatro intervalos de coleta (6, 12, 24 e 48 horas), com inoculação de 2.500 juvenis de M. javanica e sem inoculação de nematoide. Para confirmar a resposta do complexo antioxidante decorrente da interação nematoide/planta, foi realizada a coloração de raízes nos respectivos tempos de coleta para possibilitar a contagem do número de nematoides juvenis penetrados. Os parâmetros avaliados em ambos os experimentos (1 e 2) foram: as enzimas antioxidantes peroxidade de fenóis (POX) e ascorbato peroxidade (APX), as concentrações de peróxido de hidrogênio (H2O2) e Malondealdeídos (MDA) e o número de juvenis de M. javanica penetrados. No experimento 1, plantas de soja na presença de M. javanica apresentaram aumento significativo na concentração de H2O2, variando em relação às densidades populacionais e aos tempos de coleta e promovendo a atividade das enzimas peroxidase (POX) e ascorbato peroxidase (APX). No experimento 2, a concentração de peróxido de hidrogênio (H2O2) variou entre as cultivares com e sem inoculação e nos diferentes tempos de coleta. Esses eventos foram evidenciados pela concentração de Malondialdeídos (MDA) e a atividade das enzimas antioxidantes POX e APX, indicando uma resposta rápida do hospedeiro quanto à infecção por M. javanica. O estresse oxidativo causado por M. javanica não variou entre cultivares de soja, independentemente do fator de reprodução do nematoide das cultivares, entretanto, as respostas das enzimas antioxidantes POX e APX ocorreram conforme o fator de reprodução das cultivares.
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