Relação entre o controle postural e o risco de quedas de idosas obesas e não obesas
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Data
2021-10-29Primeiro membro da banca
Mazo, Giovana Zarpellon
Segundo membro da banca
Braz, Melissa Medeiros
Metadata
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Diante do envelhecimento populacional que impacta diretamente nos fatores
epidemiológicos, sociais, econômicos e ambientais, percebe-se que é preciso gerar
conhecimento e aperfeiçoar a práxis em favor da prevenção e promoção da saúde
dessa população. Um dos grandes riscos oferecidos a saúde e a qualidade de vida
dos idosos é a ocorrência de quedas, que pode estar associada ao déficit de
equilíbrio, alterações no controle postural e ainda, ao alto índice de massa corporal
(IMC) do indivíduo, dentre outros. Diante do exposto, este estudo buscou investigar
se há relação entre o controle postural (CP) e o risco de quedas (RQ) de idosas
obesas e não obesas. Esta Dissertação é um braço do projeto integrado intitulado
“Funcionalidade, Risco de quedas, Nível de atividade física e controle postural em
mulheres com e sem incontinência urinária”. Trata-se de uma pesquisa do tipo
descritiva, observacional, transversal com dados já coletados junto a grupos de
terceira idade vinculadas ao Núcleo Integrado de Estudos e Atenção à Pessoa Idosa
(NIEATI) do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). De abordagem quantitativa, nesse estudo foram
avaliadas mulheres com 60 anos ou mais para relação das variáveis do Controle
Postural dinâmico e estático e o Índice de Massa Corporal das idosas participantes
da pesquisa em relação ao Risco de Quedas. Os instrumentos utilizados foram:
Ficha de Registro elaborada pelos pesquisadores, o índice de Katz para avaliar o
nível de independência na prática de atividades diárias, o Mini Exame do Estado
Mental (MEEM) para avaliar o estado cognitivo, medidas antropométricas para o
cálculo do Índice de Massa Corporal e da Circunferência da Cintura, a Plataforma de
Força para avaliar o CP dinâmico e estático. O Teste Timed up and go (TUG) e o
Fall Risk foram utilizados para avaliação do RQ. A análise dos dados coletados foi
realizada através da estatística descritiva para caracterização da amostra, seguida
do Teste de normalidade Shapiro-Wilk para as variáveis continuas. Teste T de
Student independente bicaudal para comparação das variáveis paramétricas e o
Teste U de Mann-Whitney para as não-paramétricas. Para as variáveis categóricas,
o Teste de Qui-quadrado seguido da razão de chances e risco relativo. Para a
associação entre IMC e as variáveis da Plataforma de força, o Teste de correlação
de Pearson (paramétricas) e Spearman (não-paramétricas). O nível de significância
foi de 0,05 e realizadas no Software SPSS versão 17.0. Os resultados mostraram
que as idosas com obesidade apresentam maior risco de quedas quando
comparadas às não obesas e, nas variáveis do CP, achados aleatórios apontaram
para a interferência da visão no desempenho do teste estático para as idosas
obesas e, no teste dinâmico (agachamento), a possível influência da força muscular
no desempenho das idosas não obesas. Concluindo, a obesidade e a redução de
força muscular podem caracterizar-se como potenciais riscos à ocorrência de quedas e, neste sentido, é fundamental que hajam ações que incentivem e
promovam hábitos saudáveis à esta população.
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