Efeitos da estimulação elétrica na arquitetura muscular do quadríceps femoral pós revascularização do miocárdio
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Data
2018-10-31Primeiro membro da banca
Pasqualoto, Adriane Schmidt
Segundo membro da banca
Macagnan, Fabrício Edler
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) é um procedimento de alta complexidade, que pode desencadear uma série de complicações musculoesqueléticas no pós-operatório em decorrência da associação a circulação extracorpórea comprometendo o metabolismo do tecido periférico e resultando na diminuição da capacidade funcional (CF) e na perda de massa muscular. A ultrassonografia (US) é um instrumento fundamental para a avaliação musculoesquelética. Afim de restaurar a função física e psicossocial, recomenda-se os programas de reabilitação cardíaca (PRC) com ênfase em uma abordagem multidisciplinar, como a inclusão do fisioterapeuta. Nesse sentido, entre os recursos da fisioterapia, está a estimulação elétrica funcional (EEF). O presente estudo teve como objetivo investigar os efeitos da adição da EEF ao PRC em pacientes pós-CRM (Fase II). Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo cego, envolvendo 24 pacientes (59,5±9,44, 17 do sexo masculino) pós-CRM aleatoriamente divididos em grupo controle (GC; n=11) que realizou a EEF Sham associada ao PRC, e grupo intervenção (GI; n=13) submetidos a EEF associada ao PRC, durante 12 semanas. Pré e pós intervenção foram mensurados os seguintes desfechos: espessura muscular do quadríceps femoral (EMQ), área de secção transversal do reto femoral, ecogenicidade muscular do reto femoral e vasto intermédio, força muscular periférica, resistência muscular, e a CF submáxima. No GC e GI houve aumento significativo da EMQ, da área de secção transversal do reto femoral, da força muscular periférica, da resistência muscular de membros inferiores, da qualidade de vida e da capacidade funcional submáxima de pacientes pós-CRM. A qualidade muscular do reto femoral aumentou valores significativamente maiores no GI em comparação ao GC, enquanto que, a qualidade muscular do vasto intermédio aumentou significativamente nos dois grupos do estudo. A EEF de baixa frequência combinada a um PRC reduziu a ecogenicidade do reto femoral, o que permite inferir que houve aumento da qualidade musculoesquelética em comparação aos pacientes que receberam a EEF sham. Dessa forma, sugere-se a continuidade de estudos com o propósito de elucidar a eficácia da implementação da estimulação elétrica de baixa frequência em pacientes em reabilitação cardíaca.
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