A inserção do serviço de fisioterapia na atenção básica em saúde
Resumo
Este artigo pretende contribuir para o debate instituído sobre a inserção do serviço de fisioterapia na atenção básica em saúde. Deve ser apreendido como uma reflexão teórica sobre a possibilidade de integração do fisioterapeuta, na intenção de mostrar os aspectos da profissão que a tornam capaz de potencializar a resolutividade na atenção básica. Foram realizadas buscas em bases de dados científicos, revistas, portarias e decretos de leis do Ministério da Saúde e COFFITO (Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional). De acordo com os relatos, as práticas fisioterapêuticas podem ser desenvolvidas em todos os níveis de atenção à saúde, porém, devido a aspectos de ordem político-econômicos e organizacionais, sua função é pouco divulgada e subutilizada, uma vez que sua forma mais tradicional de atuação é centralizada nas áreas curativas e reabilitadoras, voltadas para as práticas hospitalares e ambulatoriais em perda aos novos modelos assistenciais. Assim, em seu processo de trabalho na atenção básica o fisioterapeuta deve suprir a demanda da comunidade com uma prática integral perpassando pela educação em saúde, acolhimento, atendimentos individuais, grupos operativos e realizando visitas domiciliares, quebrando o paradigma de ser uma profissão apenas reabilitadora. Este estudo não tem a intenção de esgotar as discussões sobre o tema e os autores ressaltam que as pesquisas e experiências práticas na área de fisioterapia na atenção básica em saúde são, ainda, deficitários, esporádicas, pontuais e pouco frequente no sistema de saúde do Brasil, demonstrando a importância, complexidade e subjetividade da atuação do fisioterapeuta na atenção básica.