Parcerias estratégicas entre equipe de saúde, familiares e pacientes assistidos no setor de oncologia pediátrica de um hospital terciário do sul do Brasil
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Data
2020-10-30Primeiro membro da banca
Campos Velho, Maria Teresa Aquino de
Segundo membro da banca
Moreno, Marcelo
Metadata
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Introdução: O sistema de ensino superior fornece aos estudantes da área da saúde altos padrões de competências técnicas e habilidades (hard skills) no campo de atuação. Entretanto, não sabemos o quanto isto contribui para as competências transversais (soft skills) e para as competências éticas e morais (moral skills) que estão se tornando também um pré-requisito crucial para um melhor desempenho em cuidados de saúde. Boa capacidade de comunicação clínica correlaciona-se com melhores resultados de cuidados de saúde. Em oncologia pediátrica, necessita-se de um cuidado especial, considerando que o diagnóstico de câncer traz em si o comprometimento clínico do futuro e qualidade de vida do paciente, a partir de então. Objetivo: Observaram-se as competências transversais entre médicos que trabalham com crianças atendidas no serviço de oncologia pediátrica de um hospital terciário do Sul do Brasil com a perspectiva dos pacientes pediátricos com seus respectivos familiares responsáveis legais e equipe de saúde. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa. O período de coleta de dados compreendeu seis meses e avaliou todos os sujeitos que estiveram internados neste ínterim e respectivos familiares; os profissionais que fazem parte da equipe médica e multiprofissional do setor de internação hospitalar do Centro de Tratamento da Criança e Adolescente com Câncer (CTCriAC) e setor ambulatorial Centro de Convivência Turma do IQUE do Hospital Universitário de Santa Maria. Foram submetidos ao questionário semiestruturado, dividido em blocos de perguntas que posteriormente foram analisadas pelo software SPSS® versão 21. Resultados e discussão: Ao todo, a amostra estudada foi de 51 sujeitos, destes, 14 foram pacientes pediátricos, 13 familiares, cinco médicos oncologistas pediatras e 19 profissionais da equipe de saúde. Houve associação estatisticamente significativa entre os médicos tratarem pacientes e familiares com respeito e cortesia e ouvir atentamente as queixas e a facilidade de compreensão das informações ditas de forma fácil de entender e consequentemente entre a facilidade do diálogo relacionado ao tratamento oferecido. Além disso, houve associação entre a boa qualidade da comodidade hospitalar e a satisfação do suporte médico recebido, bem como entre a aparência e a comodidade do hospital. Os vínculos entre os médicos, a equipe de saúde, os pacientes e os familiares são importantes. É preciso desenvolver ferramentas para adequada comunicação. Isto se dá desde a transmissão do diagnóstico de uma doença crônica e/ou potencialmente fatal a todas as intercorrências que envolvem a adesão e o tratamento da doença oncológica pediátrica. Conclusão: A escola médica deve incorporar desde a graduação os conceitos de competências transversais e morais a fim de melhorar o vínculo entre a equipe médica e multiprofissional e o paciente e seu familiar, uma vez que o papel do médico não pode compreender somente em diagnosticar e tratar o paciente, outrossim, utilizar a empatia para ouvir o que paciente e com isso melhorar a adesão ao tratamento.
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