Assistência farmacêutica à gestante no âmbito da saúde pública: uma revisão narrativa
Resumo
O profissional farmacêutico tem papel fundamental no processo de cuidado a mulheres grávidas, já que ele detém o conhecimento específico dos medicamentos podendo auxiliar na adesão ao tratamento e contribuir para a avaliação do risco-benefício da terapia medicamentosa. Durante a gestação, a Assistência Farmacêutica (AF), ajuda a garantir a segurança em relação ao potencial teratogênico do uso de medicamentos e fornece educação à gestante no tratamento prescrito. O objetivo desta pesquisa é levantar a produção brasileira no campo da saúde acerca da AF na atenção à saúde de mulheres na gravidez. Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão narrativa de literatura (RNL). A busca realizou-se no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os termos utilizados como critério de busca foram “gravidez” e “atenção farmacêutica”, ficando o corpus de análise constituído por quatro artigos. Para a coleta das informações nos artigos que compuseram a amostra do estudo foi utilizado um instrumento, criado pelas autoras, com as variáveis: título da obra; autor e titulação acadêmica do primeiro autor; nome da revista, local de publicação, volume, número, mês, ano, página inicial e final; objetivos; tipo de pesquisa; população; abordagem metodológica; principais resultados; conclusões. Como discussão do trabalho as autoras mencionam que o fato de os estudos analisados terem sua origem em instituições de ensino superior pode simbolizar o cumprimento de uma das principais funções da universidade, representada pela produção de conhecimentos por meio da pesquisa. Além de orientações de cunho preventivista, a situação do uso indiscriminado de medicamentos, seja na gestação ou fora dela, por exemplo, precisaria ser problematizada junto aos usuários do SUS. Ações de promoção à saúde que problematizem com os usuários questões de cidadania, tais como a importância do exercício da fiscalização sobre os gestores visando a consecução de seus direitos, pode ter influência na criação e/ou no bom funcionamento da Comissão de Farmácia e Terapêutica, a qual deverá defender os direitos de acessibilidade do usuário. Assim, dos resultados dos estudos analisados percebe-se a necessidade de desenvolvimento de educação permanente junto aos integrantes das equipes da atenção primária em saúde, no que se inclui o farmacêutico. A presente revisão permite validar a afirmação de que é escassa, pelo menos no Brasil, a produção científica que se atém sobre a assistência farmacêutica voltada à atenção à saúde de gestantes, visto que somente quatro estudos foram localizados, considerando-se os critérios de inclusão e exclusão delineados por suas autoras.
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