Patologia dos neoplamas malignos orais em cães
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Data
2022-10-25Primeiro membro da banca
Fernandes, Cristina Gevehr
Segundo membro da banca
Flores, Mariana Martins
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo teve como objetivo caracterizar os casos de neoplasmas malignos da cavidade oral
de cães provenientes de aproximadamente 23 anos da rotina diagnóstica do Laboratório de
Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Por meio desses
dados, elaborou-se dois artigos científicos que compõem esta dissertação. O primeiro artigo,
trata-se de um apanhado geral dos neoplasmas malignos de cavidade oral, coletando dados
como sexo, raça, idade, sinais clínicos, localização do neoplasma, macroscopia e histologia. No
período estudado, 205 cães foram acometidos por neoplasmas orais, dos quais 101 eram
malignos. Destes, 47 eram melanomas, 19 fibrossarcomas, 17 carcinomas de células escamosas.
Outros neoplasmas malignas menos prevalentes incluíram sarcoma indiferenciado,
mastocitoma, hemangiossarcoma, osteossarcoma, tumor venéreo transmissível,
condrossarcoma e carcinoma de células acinares da glândula salivar. Foram observados 51
casos em fêmeas e 45 casos em machos. Os cães sem raça definida totalizaram 33 casos e 64
cães tinham raça definida. A variação de idade foi de 1 a 19 anos. Os principais sinais clínicos
foram aumento de volume na região oral, disfagia, sangramento oral e sialorreia. Os locais de
maior acometimento foram a gengiva, mucosa oral, mandíbula e junção mucocutânea. Com
isso, por meio dos dois artigos desta dissertação pode-se estabelecer a frequência dessas
neoplasmas no período estudado, bem como suas características clínicas, macroscópicas e
histológicas, histoquímicas e imuno-histoquímicas. O segundo artigo, aborda um total de 47
melanomas na cavidade oral de cães, no qual foram caracterizados os sinais clínicos e aspectos
anatomopatológicos e foi avaliado o uso da coloração Azul de Toluidina (AT) histoquímica
para a evidenciação de grânulos de melanina em comparação com o Fontana Masson (FM).
Além disso, foi avaliado o uso de AT como contracoloração da técnica de imuno-histoquímica.
O sinal clínico mais frequentemente observado em cães com melanoma oral foi o aumento de
volume na região oral. O principal local de acometimento foi gengiva (27,65%), seguido de
mucosa oral (21,27%) e junção mucocutânea (12,76%), entre outros. Os tumores foram
descritos como nódulos ou massas, ulcerados, em sua maioria entre 0,5 e 2,0 cm de diâmetro.
Histologicamente, os subtipos observados foram epitelioide (44,6%), fusiforme (27,6%), misto
epitelioide e fusiforme (14,8%), balonoso (4,2%), células pequenas (4,25%), mixoide (2,12%)
e células redondas (2,12%). As técnicas histoquímicas para quantificação dos grânulos de
melanina não apresentaram diferenças entre FM e AT. O AT mostrou os grânulos de melanina
como pontos ou agregados verdes a verde-escuros. Os cortes contracorados com AT e
Hematoxilina de Harris permitiram uma distinção clara entre a melanina (corada em verde) e a
imunomarcação para Melan-A (corada em marrom). Quando as células eram Melan-Apositivas e tinham melanina no citoplasma, um terceiro padrão de cor era mostrado (uma
mistura de amarelo e verde).
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