Perfil clínico e funcional da pessoa idosa que acessa uma unidade de reabilitação
Visualizar/ Abrir
Data
2022-10-13Primeiro membro da banca
Leite , Marines Tambara
Segundo membro da banca
Schwanke , Carla Helena Augustin
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Do aumento da expectativa de vida da população mundial emerge a necessidade de atenção por
parte da sociedade e dos sistemas de saúde de encontrar uma forma de se adequar a essa nova
realidade. É importante “pensar, discutir, planejar e implementar” ações que promovam a
qualidade de vida dessa população. Nesse sentido, a reabilitação surge como alternativa viável,
pois é um conjunto de ações que auxiliam na preservação da funcionalidade, autonomia e da
independência do sujeito. Objetivo: caracterizar o atendimento prestado à pessoa idosa em uma
unidade de reabilitação, a partir das premissas da reabilitação geriátrica, buscando qualificar
abordagens multiprofissionais que visem diminuir perdas funcionais. Metodologia: trata-se de
uma pesquisa quantitativa, descritiva, por meio da análise documental, de pessoas idosas em
programa de reabilitação em um hospital-escola. Foram analisadas variáveis sociodemográficas
(idade, gênero, estado civil, grupo familiar, escolaridade, ocupação e cor ou etnia), hábitos de
vida (alcoolismo, tabagismo, atividade física e sexual), avaliação funcional por meio de escalas
e instrumentos (Miniexame do Estado Mental, Teste de Fluência Verbal, Índice de Massa
Corporal, Circunferência de Panturrilha, Escala de Depressão Geriátrica, Índice de Katz, Escala
de Lawton, Time up and go test, entre outros). Também foram identificados os dos profissionais
assistentes. Os dados foram plotados em planilha Excel e analisados por meio do programa
Estatístico SPSS (Versão 21.0). Resultados: Total de 47 idosos que foram atendidos no serviço
– 55,3% homens, de cor branca, 93,6%, com idade média geral de 69,87 anos. A maioria das
pessoas idosas tinha como estado civil casado (57,4%), em que 57,9% eram aposentados e
55,3% tinham ensino fundamental incompleto. Os hábitos de vida foram avaliados em 63,8%
dos pacientes, destes, 13,3% eram fumantes ativos, 10% faziam uso de bebida alcoólica, 20%
praticavam atividade física e referiram ter uma vida sexual ativa. A prevalência das doenças de
base foi de doença cardiovascular (n=11), doença pulmonar (n=10), doença osteoarticular
(n=10), neoplasia (n=7), entre outras. Em relação às comorbidades associadas, a maior
prevalência foi de doenças cardiovasculares (74,4%), endócrinas (34,1%), osteoarticular e
psiquiátricas (19,2%) cada, pulmonar (17%), entre outras. A análise de circunferência de
panturrilha identificou a mediana de 36,50 (mínima de 30, máxima de 42 - média 36,08
[±3,70]), em que a maioria das pessoas idosas apresentou CP >31 cm. A polifarmácia chegou
a 91,5%. Os atendimentos na unidade de reabilitação foram feitos, em sua maioria, por
fisioterapeuta, enfermeiro e geriatra. Conclusão: Este estudo delineou o perfil clínico funcional
dos idosos na reabilitação e os profissionais envolvidos na reabilitação geriátrica. Vislumbrase que novos estudos sejam feitos, e, a partir daí, invista-se mais na complexidade do
atendimento direcionado à reabilitação geriátrica, conforme preconizam as diretrizes
pertinentes.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: