O impacto da estrutura de propriedade e controle no desempenho e governança corporativa das corporations listadas na B3
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Data
2022-09-30Primeiro membro da banca
Sonza, Igor Bernardi
Segundo membro da banca
Marques, Vagner Antônio
Metadata
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Este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos da estrutura de propriedade e controle dispersa no desempenho e governança corporativa das empresas listadas na bolsa de valores do Brasil (B)³, que se enquadram nos parâmetros de corporation propostos pela pesquisa e definidos pela literatura. Adicionalmente, examinar se nas empresas brasileiras listadas que se tornaram corporations durante o período de análise houve alteração no desempenho e na estrutura de governança corporativa. A estrutura de propriedade e controle tem se mostrado como um dos fatores que elevam os níveis de governança das companhias brasileiras, acentua possíveis problemas de agência e proporciona maior facilidade de maximização de desempenho. Embora as companhias nas economias emergentes serem caracterizadas por uma estrutura de propriedade concentrada, no Brasil, a presença de empresas listadas na Bolsa de Valores caracterizadas como corporations, cujo estrutura de propriedade e controle é formada sem a presença de um controlador definido e com a pulverização das ações, apesar de incipiente, apresenta indicativos de crescimento. Nesse contexto, é proporcionada à literatura o conhecimento da influência de um importante componente da governança corporativa sobre o desempenho e sobre os demais atributos que fazem parte da estrutura de governança das companhias. Para tanto, utilizou-se dados secundários coletados diretamente na B³, e na Economática®, compreendendo o período de 2017 a 2021. O grupo de interesse que representa a dispersão da propriedade e controle, foi selecionado por meio da métrica proposta pela pesquisa e outra já consolidada pela literatura. A análise procedeu-se por meio de estatística descritiva, teste de diferença entre as médias, matriz de correlação e regressão de dados em painel. Por meio dos resultados, os indícios não apontam impactos relevantes da estrutura de propriedade e controle dispersa no índice de governança corporativa e no desempenho. Da mesma forma, nas empresas que se tornaram corporations durante o período de análise não houve alteração no desempenho e na estrutura de governança corporativa. Observa-se que a dispersão acionária não se mostra como fator determinante dos atributos existentes na estrutura de governança corporativa e da performance financeira e de mercado, indicando que a perspectiva de maiores níveis de desempenho, não se estabelecem em um cenário de dispersão acionária para as empresas que compõem a amostra. Contudo, a quantidade de investidores institucionais, mostrou-se positivamente relacionada ao desempenho financeiro, o que demonstra a necessidade de se fortalecer a propriedade institucional a fim de estimular o desempenho financeiro das companhias. Esta pesquisa contribui empiricamente para a literatura sobre estrutura de propriedade e controle sob a ótica da dispersão acionária em um mercado emergente como o Brasil, além de fornecer insights aos diversos usuários das informações de mercado.
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