Efeitos da recuperação com o rolo de espuma sobre a dor e a funcionalidade após sessão de exercícios resistidos: ensaio clínico randomizado
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Data
2022-09-13Primeiro coorientador
Silva, Antonio Marcos Vargas
Primeiro membro da banca
Sacool, Michele Forgiarini
Segundo membro da banca
Franco, Ozeias Simões
Metadata
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Exercícios físicos realizados em alta intensidade produzem uma reposta inflamatória, que clinicamente
se caracteriza pela dor muscular de início tardio (DMIT) e pela diminuição da funcionalidade. Diversas
formas de recuperação veem sendo estudadas nesta situação, as quais visam melhorar a performance
de atletas e favorecer a adaptação a iniciantes de programas de exercícios. Dentre estas, a
recuperação através da automassagem com auxílio do rolo de espuma (foam roll - RFR) vem sendo
empregada recentemente nesta condição, mas não existem evidências que suportam a sua utilização.
O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos das recuperações passiva (RP), ativa (RA) e
RFR sobre a DMIT e em variáveis de aptidão física de voluntários saudáveis, após uma sessão de
exercícios resistidos (ER). A presente pesquisa se caracteriza como um ensaio clínico randomizado,
uni cego, cruzado, que incluiu 37 homens fisicamente ativos (22 ± 3 anos, 24,4 ± 2,3 kg/m2
). A sessão
de ER (agachamento, leg press e cadeira extensora) compreendeu 4 séries de 10 repetições com 80%
de 10 Repetições Máximas (teste de 10RM) realizadas num intervalo de 7 dias entre as sessões. As
variáveis de aptidão física (força, potência, agilidade, amplitude de movimento, flexibilidade, velocidade
e resistência à fadiga) foram avaliadas 1h após as sessões de ER. A DMIT foi avaliada 24h, 48h e 72h
após sessão de ER. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFSM sob o protocolo
2.538.028. Os resultados demonstram que na RP, o percentual de força dos membros inferiores
(dominante e não dominante) foram 4,4% (IC95%: -1,4 à -7,4) menores que na RA e 5,3% (IC95%: -2,7
à -8,3) que na RFR. A agilidade melhorou 3,6% (DEM: 0,5; IC95%: 0,2 à 1s) na RA e 4,3% (DE: 0,6;
0,2 à 1,1s) na RFR, que na RP. Apenas a RFR reduziu (p<0,001) a DMIT (24h: 22,8%; 48h: 39,2%;
72h: 59,7%) em relação à RP. A RA e a RFR não apresentaram diferenças nas variáveis analisadas.
As três formas de recuperações apresentaram resultados semelhantes nas demais variáveis. A RFR
reduziu a DMIT, melhorou a agilidade e a força muscular podendo ser uma técnica a ser empregada na
recuperação após ER. Entretanto, esta forma de recuperação apresenta resultados semelhantes à
recuperação ativa nas variáveis funcionais analisadas.
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