Prospecção de microrganismos e avaliação de metodologias para a maximização da atividade fitotóxica visando o desenvolvimento de bioherbicidas
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Data
2022-11-18Primeiro membro da banca
Zabot, Giovani Leone
Segundo membro da banca
Brun, Thiarles
Metadata
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Plantas daninhas são um dos principais problemas na agricultura. Elas competem com
a cultura de interesse por recursos como água, luz e nutrientes. Na agricultura moderna, o
método mais utilizado para o controle de plantas daninhas são os herbicidas químicos. A
demasiada utilização destes herbicidas vem gerando grandes preocupações com o meio
ambiente, devido à contaminação de alimentos, poluição ambiental, resistência de plantas
daninhas, entre outros. Neste contexto, o presente trabalho propôs realizar uma prospecção de
microrganismos capazes de produzir metabólitos secundários com atividade herbicida em
plantas daninhas. Para isso, foi realizada uma busca de campo por plantas daninhas com
sintomas de enfermidades, resultando no isolamento de sessenta e três microrganismos. A
atividade bioherbicida foi primeiramente avaliada em sementes e plantas de Cucumis sativus e
em sementes de Avena strigosa. Os caldos brutos dos microrganismos com os melhores
resultados foram testados em plantas daninhas: Amaranthus hybridus, Echinochloa crusgalli,
Conyza sp. e Bidens pilosa. Na sequência, as plantas daninhas com maior sensibilidade aos
tratamentos (A. hybridus, E. crusgalli) foram selecionadas para a sequência dos experimentos,
onde foram empregados diferentes métodos para a extração e potencialização do efeito
herbicida dos metabólitos secundários (ultrassom, co-cultivo e aumento de dose aplicada). Foi
realizado um estudo preliminar para o desenvolvimento de formulações com os caldos mais
promissores, empregando diferentes óleos (soja, girassol e mineral) e os tensoativos BreakThru® e Tween®80 como adjuvantes. As formulações empregando óleo de soja apresentaram
os melhores resultados em testes com folha destacada, e foram empregadas nos testes in vivo
contra A. hybridus e E. crusgalli. A fitotoxicidade nos testes com formulações chegou a 70%
em E. crusgalli e 30% em A. hybridus, com uma dose equivalente a 600 L ha−1
. Os
microrganismos identificados por análise molecular foram: Nigrospora sphaerica, Bacillus
velezensis e Aspergillus flavus.
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