Percepção de barreiras e facilitadores para a prática de atividades físicas ao longo da vida em idosos com deficiência visual
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Data
2023-02-03Primeiro membro da banca
Willig, Renata Maheus
Segundo membro da banca
Cardoso, Vinicius Denardimn
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Este estudo tem como objetivo analisar as barreiras e facilitadores percebidos
para a prática de atividades físicas (AF’s) ao longo da vida em idosos com deficiência
visual (DV). Fizeram parte do grupo amostral oito (08) idosos com DV, sete (07) cegos
e um (01) com baixa visão, participantes de associações e/ou projetos que
desenvolvem AF’s para esse público. Para coleta dos dados foram utilizados cinco
(05) instrumentos: “Ficha de Informação Sociodemográficas”; “Ficha de Dados sobre
a Deficiência; “Roteiro de Entrevista sobre AF Pregressa e Atual”; Questionário de
“Mensuração da percepção de Barreiras para a Prática de AF’s”; e Questionário de
“Percepção de Facilitadores para a Prática de AF’s”. Todos foram aplicados em forma
de entrevista, devido a especificidade do grupo amostral. Os dados coletados foram
gravados, transcritos e posteriormente categorizados e avaliados. Pode-se perceber
que as barreiras que mais interferem para a prática de AF’s encontram-se ligadas a
falta de equipamentos, de companhia de terceiros, de habilidades físicas adequadas
e de conhecimento/orientação sobre as mesmas, enquanto os facilitadores, que são
mais numerosos, relacionam-se com fatores climáticos favoráveis, segurança do local,
instalações e equipamentos apropriados, companhia e incentivo de pessoas
próximas, condição financeira estável, ânimo, interesse, condição de saúde adequada
e orientação profissional. Também observou-se que o tempo de convivência com a
DV interfere na prática, em que aqueles que nasceram com essa condição ou
adquiriram-na mais cedo, tem maior facilidade em manter-se ativos enquanto idosos.
De forma concomitante, o tipo da deficiência também influencia, de modo que todos
os idosos que possuem cegueira acreditam ser mais fácil ter baixa visão, enquanto a
única participante que possui baixa visão tem uma ideia contrária sobre o assunto. No
que tange a percepção sobre a origem, quatro (04) idosos acreditam que ter
deficiência congênita facilita, enquanto outros quatro (04) apontam a DV adquirida
como algo favorável perante a prática. Ademais, a realização de AF’s ao longo da
vida, de forma contínua, é outro fator que contribui para a manutenção da realização
de atividades durante o envelhecimento. Dessa forma, mostra-se fundamental que
existam políticas públicas que incentivem a prática de AF’s para essa
população, que é mais vulnerável em função da idade e que necessita de
incentivo para que as comorbidades ocasionadas pelo envelhecimento sejam
reduzidas ou minimizadas, incluindo questões relacionadas não apenas a
saúde física, como também mental e afetiva, contribuindo para que essas
pessoas possam envelhecer com melhor qualidade de vida. Também percebese a importância de entender os fatores que dificultam ou propiciam a prática,
para que intervenções sejam realizadas nesse sentido, objetivando aumentar
os facilitadores diante os idosos com DV.
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