Problematizando o currículo da escola comum na produção das identidades surdas
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Data
2007-11-09Autor
Morgenstern, Juliane Marschall
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Este estudo realizado no Curso de Especialização em Gestão Educacional da
Universidade Federal de Santa Maria procurou problematizar o currículo de uma
escola comum como espaço de educação inclusiva para surdos. A pesquisa
aconteceu em uma escola comum da rede estadual de ensino na cidade de Santa
Maria onde uma aluna surda é atendida na primeira série do ensino fundamental. A
investigação se deu a partir de observações, de um questionário realizado com a
professora da turma, de uma entrevista com a aluna incluída e com uma colega
desta a fim de conhecer as ações e aproximações do currículo efetivadas na escola
no que tange às práticas de inclusão. Para tanto me apropriei da Teoria Crítica do
Currículo, dos Estudos Surdos e dos Estudos Culturais em Educação para verificar
as conexões entre identidade e poder no território curricular da escola comum na
tentativa de problematizar as ações e representações que envolvem o campo
conflitivo do currículo na educação inclusiva de surdos. O presente trabalho não
deseja colocar-se como verdadeiro ou único ao referir-se aos estudos curriculares e
a surdez. Este também não pretende grandes descobertas ou revoluções.
Apresenta-se, no entanto, como uma possibilidade dentre outras tantas
possibilidades de reflexão e análise, não melhor nem mais próxima da verdade do
que outras. É a partir da descontinuidade e da inversão que proponho verificar as
representações que se enredam no discurso curricular da escola investigada a partir
das proposições que tomaram visibilidade nas enunciações que constituíram o
corpus empírico desta pesquisa. Este estudo traz o entendimento de que a inclusão
não diz respeito apenas a práticas inclusivas, mas a uma rede de saberes que se
instituem a partir de relações de poder que representam e posicionam os sujeitos,
forjando assim suas identidades. Sendo assim não pretende definir uma posição
favorável ou contrária à inclusão escolar, mas busca considerar as perspectivas
pelas quais se olha os sujeitos surdos nesse processo, as quais implicam em
situações bem ou não muito bem sucedidas, de acordo com a especificidade do
contexto no qual ocorre.
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- Gestão Educacional [289]
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