Um “campo de concentração” em 1964: a história do golpe em Itaqui
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Data
2007-06-26Autor
Azevedo, Graciele Martini de
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A partir de relatos da existência de um “campo de concentração” na cidade de Itaqui, no
interior do Rio Grande do Sul, durante a Ditadura Civil-Militar de 1964, passou-se a realizar esse
trabalho para compreender as reais circunstâncias do Golpe de 1964 na cidade e os
acontecimentos que se seguiram a ele. Antes de estudarmos especificamente a cidade de Itaqui, é
analisado toda a conjuntura brasileira do período anterior ao Golpe através da Ideologia da
Segurança Nacional, dos posicionamentos das forças golpistas e dos acontecimentos anteriores
aquele momento histórico em âmbito nacional. O presente trabalho analisa os acontecimentos
pré-1964 em Itaqui, para entender o que poderia ter levado a construção de um “campo de
concentração” nessa cidade. E verificou-se a existência de dois fortes movimentos de esquerda na
época: a Patrulha Agrária e o Movimento Estudantil. Pessoas ligadas aos dois movimentos foram
presas depois do Golpe, sendo levadas para uma prisão nos fundos do quartel, a qual foi
denominada pela população local de “campo de concentração”, devido às semelhanças que
aquela tinha com os relatos dos campos de concentração da II Guerra Mundial. Entretanto, as
características necessárias para um “campo de concentração” não eram atendidas nessa prisão.
Foi o imaginário popular que compreendeu a prisão como tal. Este trabalho possuiu sua
fundamentação no Inquérito Policial Militar, que acusou os presos de subversão, e nas entrevistas
orais feitas com alguns desses presos e com um membro da comunidade.
Coleções
- História do Brasil [58]
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