Organização e operacionalização da vigilância alimentar e nutricional: relatos de experiências de profissionais da atenção primária à saúde
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Data
2023-03-17Primeiro membro da banca
Vitorino, Santuzza Arreguy Silva
Segundo membro da banca
Almeida, Lana Carneiro
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo foi compreender a prática de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN), no que
concerne à sua organização e operacionalização, segundo a visão de profissionais da Atenção
Primária à Saúde (APS) de municípios do Rio Grande do Sul (RS). Trata-se de uma pesquisa
descritiva e exploratória, de caráter quanti-qualitativa. A pesquisa contemplou a criação de um
Observatório de Vigilância Alimentar e Nutricional (OVAN) para os municípios do RS, após
foi lançado um edital de chamada pública no site do OVAN, para envio de relatos de
experiências por profissionais da APS de municípios do Rio Grande do Sul, que envolveram a
organização e operacionalização da Vigilância Alimentar e Nutricional tendo como eixo
norteador o Ciclo de Gestão e Produção do Cuidado. Os relatos de experiências enviados, foram
submetidos a uma sistematização de experiências e uma análise de conteúdo, respectivamente.
A amostra foi constituída por 42 relatos de experiências desenvolvidos em 24 municípios que
indicaram ações que envolvem a concentração na coleta de dados antropométricos, registro nos
sistemas de informação disponibilizados pelo SUS, ações direcionadas a escolares no âmbito
do espaço escolar. Em sua integralidade, as nutricionistas foram as responsáveis pela execução
dos relatos, com maior colaboração dos Agentes Comunitários de Saúde em relação aos demais
profissionais de saúde para o desenvolvimento das ações, e articulação intersetorial com as
secretarias de educação e com os Programas Saúde na Escola, Crescer Saudável e Proteja. A
pesquisa demonstrou que diante da importância da Vigilância Alimentar e Nutricional na
Atenção Primária à Saúde, são identificadas dificuldades para sua execução, apontadas como
barreiras históricas, persistindo em modelos que centralizam a condução das ações no
nutricionista e na coleta de dados antropométricos, com foco nas crianças e em programas que
condicionam o repasse financeiro a partir do alcance de metas, distanciando-se da realização da
atitude de vigilância.
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