O giro ontológico da verdade: de Heidegger à fenomenologia material de Michel Henry
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Data
2022-09-22Primeiro membro da banca
Reis, Róbson Ramos dos
Segundo membro da banca
Antúnez, Andrés Eduardo Aguirre
Metadata
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O conceito de verdade de um modo geral atravessa o pensamento de Heidegger. Na sua
ontologia fundamental recebe a significação de descoberta e, em um sentido especial, de
abertura. Como um conceito ontológico, é sempre articulada com relação ao ser. Delimitado
ao período de Ser e Tempo, com verdade Heidegger pretende designar o acontecimento de
identificação em que um ente é individuado normativamente de acordo com critérios
pré-estabelecidos pelo modo-de-ser desse ente. Em primeiro plano, o conceito é relativo à
descoberta dos entes em seu ser; em segundo, designa o acontecimento de abertura da
dimensão de significatividade. A partir de então, o conceito de Verdade, para a fenomenologia
em geral, determina a fenomenalização. Michel Henry propõe uma inversão na concepção
metodológica da fenomenologia na busca do que compreende ser a fenomenalidade pura.
Com isso, retorna à subjetividade cartesiana para encontrar o fundamento inabalável para o
ser do cogito. Sua fenomenologia, que busca salientar as relações de dependência entre
estruturas formais, reivindica na impressão primitiva uma autodoação e um fenômeno
originário: a fenomenalização da fenomenalidade. Para Henry, este puro aparecer é o caráter
da verdade mais originária e que, imanente, garante a experiência de realidade na verdade
transcendente. O objetivo deste trabalho é apresentar um novo arranjo na relação entre ser e
verdade, onde a ontologia é igualmente só possível como fenomenologia, mas porque a
dinâmica de importância entre ser e aparecer foi invertida. A elucidação dessa problemática
tem como base a exposição dos aspectos pertinentes ao tema na teoria ambos os autores, bem
como na reconstrução da interpretação henryana da ontologia fundamental e sua proposta de
subversão do pensamento de Heidegger e Husserl. O propósito geral desta pesquisa é de
tematizar, sob a metáfora do giro, acerca da dependência entre a verdade da ontologia
hermenêutica à verdade da fenomenologia material e as consequências metodológicas dessa
manobra.
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