Relações interpessoais e a perspectiva da educação inclusiva
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Data
2023-07-12Primeiro membro da banca
Picada , Ângela Balbina Neves
Segundo membro da banca
Silva, Mariane Carloto da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente pesquisa de Mestrado foi desenvolvida no âmbito do Programa de PósGraduação em Educação - Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e inserida
na linha de pesquisa “Educação Especial, Inclusão e Diferença”. Contou com o
financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES). Este estudo parte do pressuposto de que as relações interpessoais são
parte integrante e transformadora do ser humano, nesse sentido as relações entre os
docentes podem influenciar no processo de inclusão escolar. No entanto, trabalhar
em perspectiva inclusiva não é uma tarefa fácil, devido à grande diversidade de alunos
que o contexto escolar abrange. Dessa forma, este estudo tem como objetivo
compreender como se estabelecem as relações interpessoais entre o professor de
Educação Especial e o professor dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, através
do ensino colaborativo na perspectiva da inclusão escolar. O referencial teórico
adotado no estudo baseou-se em uma abordagem psicanalítica das relações
interpessoais, fundamentada em autores como Sigmund Freud (1856 –1939); Wilfred
Bion (1897 – 1979) e Henri Wallon (1879 – 1962). Além disso, foram apresentadas
informações sobre o processo de inclusão escolar com base na legislação brasileira
e em autores que embasam a educação inclusiva, tais como: Mantoan (2003, 2007),
Rabelo (2012), Vilaronga (2014), Capellini (2004) e Pereira (2009). De acordo com a
metodologia, realizou-se um estudo de caso exploratório com uma abordagem
qualitativa, fazendo-se do uso de entrevistas semiestruturadas para a coleta de dados,
abordando temas sobre a formação, as relações interpessoais e o ensino colaborativo,
na qual foram respondidas pelos professores de Educação Especial e professores do
ensino comum dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A análise foi por meio da
técnica de Análise de Conteúdo, conforme proposto por Laurence Bardin (2011),
evidenciando as relações interpessoais na perspectiva inclusiva. Foram identificadas
três categorias analíticas: 1) As relações interpessoais entre docentes e a influência
no processo de inclusão. 2) Práticas Educativas inclusivas: o ensino colaborativo
como estratégia de inclusão escolar a partir das relações interpessoais 3) A inclusão
e a formação de professores no campo da Educação. Os resultados da pesquisa
indicaram que as relações interpessoais e o ensino colaborativo acontecem por meio
de diálogos e parcerias entre os professores. No entanto, alguns entraves foram
identificados, como a falta de tempo para um planejamento colaborativo, lacunas
existentes na formação inicial de professores, alta demanda de alunos em processo
de inclusão escolar, a carga horária reduzida do professor de Educação Especial na
escola. Portanto, estes fatores acabam dificultando as relações interpessoais e o
desenvolvimento de um trabalho colaborativo na perspectiva da inclusão escolar.
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