Avaliação do perfil oxidativo e inflamatório na infecção por Influenza B
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Data
2023-08-10Primeiro membro da banca
Benvegnú, Dalila Moter
Segundo membro da banca
Carvalho, José Antonio Mainardi de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O vírus da influenza B, agente causador da gripe, é ainda uma das principais causas de doenças
respiratórias que acomete a população mundial e causador de milhares de mortes no mundo. O
estresse oxidativo, pode estar associado a essa doença, causado por alterações na produção de
espécies reativas de oxigênio (EROs) e no desequilíbrio de antioxidantes, que leva à oxidação
de biomoléculas e perda de suas funções biológicas. A enzima sulfidrila delta-aminolevulinatodesidratase (δ-ALA-D) pode estar inibida em situações pró-oxidantes e essa inibição, ainda,
causa um aumento na produção de radicais livres. Assim, a enzima δ-ALA-D pode ser um
marcador indireto de estresse oxidativo. Ainda, tem-se a produção de citocinas próinflamatórias, que, em excesso, pode também resultar em agravos no organismo infectado e
resultar em danos nas células e nos tecidos e consequente quadros graves. Nesse contexto,
considerando as milhares de infecções e mortes por influenza B todos os anos, tem-se como
objetivo verificar o perfil oxidativo e inflamatório na infecção pelo vírus da influenza B. Foram
avaliadas amostras sanguíneas de 50 participantes com o vírus da influenza B e 30 participantes
saudáveis. O estresse oxidativo foi quantificado nos grupos analisados através das substâncias
reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), como medida da peroxidação lipídica, dos
antioxidantes como grupos tióis protéicos (PSH) e não protéicos (NPSH), níveis de vitamina C
(VIT C), habilidade plasmática de redução do ferro (FRAP) e por fim da enzima deltaaminolevulinato-desidratase (δ-ALA-D). O perfil inflamatório foi analisado através da
determinação dos níveis de interleucina-2 (IL-2), interleucina-4 (IL-4), interleucina-6 (IL-6),
interleucina-10 (IL-10), interleucina-17A (IL-17A), interferon-gama (IFN-γ) e fator de necrose
tumoral alfa (TNF-α). Os resultados demonstraram que a peroxidação lipídica e os níveis de
IL-6, IL-10, IL-17A e IFN-y foram estatisticamente maiores no grupo com influenza B. A
atividade dos antioxidantes analisados, níveis de tióis, vitamina C e FRAP, foi
significativamente menor em infectados com o vírus do influenza B em comparação com os
controles, assim como a atividade da enzima δ-ALA-D. Além disso, essa enzima apresentou
maior índice de reativação para os infectado com influenza B. Dessa forma, evidenciamos a
geração de oxidantes, a depleção do sistema antioxidante, a atividade reduzida da enzima δALA-D e um padrão de expressão de IL-6, IL-10, IL-17A e IFN-y durante a infecção pelo vírus
do influenza B.
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