Aplicativo Gross Motor Skills como suporte visual na avaliação do desempenho motor e implicações na motivação intrinseca na administração do Test of Gross Motor Development - third edition
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Data
2023-04-27Primeiro membro da banca
Valentini, Nadia Cristina
Segundo membro da banca
Deslandes, Andrea Camaz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Avaliação motora de crianças apresenta inúmeras dificuldades inerentes ao próprio
processo, dentre elas a diferença entre os avaliadores na instrução e demonstração
das habilidades motoras. Para administração do Test of Gross Motor Development -
Third Edition (TGMD-3) o avaliador deve demonstrar para crianças as treze
habilidades motoras fundamentais que compõe o teste. Diferentes ferramentas para
suporte visual tem sido usadas para tornar a demonstração consistente, diminuindo
erros entre as avaliações e os avaliadores. Objetivo: Comparar o desempenho motor
e a motivação intrínseca de crianças quando avaliadas com o TGMD-3 em duas
condições de demonstração das habilidades, com o suporte visual por animações do
aplicativo Gross Motor Skills e a demonstração pelo examinador. Materiais e
métodos: Este é um estudo, randomizado cruzado com 134 crianças de 3 a 10 anos
e 11 meses de idade, obtidas por conveniência em escolas públicas e privadas, no
estado do Rio Grande do Sul. As crianças tiveram o desempenho motor avaliado
pelo TGMD-3, com dois protocolos de demonstração das habilidades motoras
fundamentais: protocolo tradicional (PTd), com a demonstração do avaliador, e
protocolo aplicativo (PApp) com a demonstração das habilidades por um
personagem animado, utilizando o AppGMS. Na primeira avaliação as crianças
foram randomicamente divididas em dois grupos, metade iniciou com o PTd e
metade com o PApp. Após sete dias, as crianças foram reavaliadas com inversão
dos protocolos. Ao término de cada avaliação as crianças responderam o Inventário
de Motivação Intrínseca (IMI). Resultados: ANCOVA controlada por sexo não
mostrou efeito do protocolo no desempenho motor das habilidades de locomoção
(F1,267 = 0,415; p ≤ 0,52; η
2 = 0,002), com bola (F1,267 = 0,024; p ≤ 0,89; η
2 = 0,000) e
escore bruto total (F1,267 = 0,170; p ≤ 0,68; η
2 = 0,001) do teste, no entanto revelou
que meninos apresentaram maior desempenho que meninas nas habilidades com
bola (F1,267 = 14,98; p ≤ 0,01; η2 = 0,054) e escore bruto total (F1,267 = 9,50; p ≤ 0,01;
η
2 = 0,035). Já nas habilidades de locomoção, meninos e meninas apresentaram o
mesmo desempenho (F1,267 = 1,34; p ≤ 0,25; η2 = 0,005). ANCOVA controla pela
idade não mostrou efeito do protocolo no desempenho motor das habilidades de
locomoção (F1,267 = 0,099, p ≤ 0,75; η
2 = 0,000) com bola (F1,267 = 0,039; p ≤ 0,84; η
2
= 0,001) e escore bruto total (F1,267 = 0,086; p ≤ 0,77; η
2 = 0,000). Há aumento do
desempenho motor das crianças com o aumento da idade, com exceção das
habilidades de locomoção entre crianças 6 a 8 anos e 9 a 10 anos. Não houve
diferença entre os protocolos na escala de Interesse/Diversão (p ≤ 0,75),
Competência percebida (p ≤ 0,93), Esforço/Importância (p ≤ 0,29) e Pressão/Tensão
(p ≤ 0,79). Conclusão: Esse estudo apresenta evidências positivas para a utilização
do AppGMS como um suporte visual na avaliação do desempenho motor com o
TGMD-3, sem prejuízos para os escores do desempenho motor e a motivação
intrínseca das crianças.
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